A sessão da Câmara desta segunda-feira teve uma pauta bastante enxuta, pois o Legislativo já se encaminha para o recesso e a maioria dos projetos já foram discutidos e votados. Por sete votos favoráveis, os vereadores derrubaram o veto do Executivo ao projeto de lei que institui a obrigatoriedade da manutenção de controle de estoques na administração direta e indireta no município de Sorriso.
Segundo o líder de governo, vereador Vanzella (DEM), novamente a Câmara está votando um projeto de interferência de poderes. “A nobreza e relevância do projeto não se discutem, mas não podemos impor matérias inconstitucionais, nem executar enquanto legisladores. Não sou contrário ao que a lei se propõe, mas por ela invadir a competência que é do Executivo”, justificou.
Ao discutir o veto, o presidente Chagas Abrantes (PR), autor do projeto, argumentou sobre a necessidade de aprovação da lei, que servirá para dar transparência a todos os gastos da administração. “Vejo mais uma vez a pouca vontade do Executivo de prestar contas a sociedade, vetando um projeto que só quer ajudar a garantir uma gestão mais segura e transparente”, alegou, lembrando que o modelo do projeto foi copiado do município de Maringá (PR), que através de um observatório social fiscaliza os gastos públicos. “Foi um pedido da sociedade e debatemos nesta Casa a criação desse observatório, mas para que seja eficiente é necessária, em primeiro lugar, a aprovação desse projeto”.
De acordo com o presidente, no momento em que foi debatida a criação de um observatório social em Sorriso o prefeito Chicão Bedin manifestou interesse e a necessidade do município. “Questionamos que o prefeito quer, mas veta. Não queremos queda de braço e sim transparência. Se o problema é competência é só mandar o projeto de lá para cá que nós aprovamos”, garantiu.