O ano não começa bem para o Legislativo de Sinop. A sessão solene de posse da nova mesa diretora da câmara, hoje de manhã, teve apenas dois vereadores em plenário: José Pedro Serafini (PMDB) e Zuleica Mendes (PPS). Momentos antes da sessão, os vereadores se reuniram no gabinete do presidente. O grupo de Sineia reivindicou a Serafini que cumprisse a ordem “urgente ” do Tribunal de Justiça e fizesse hoje a nova eleição para a votação da chapa única. Ele não aceitou. Houve bate-boca e discussões.
Diante do impasse, a presidente eleita no dia 18, Sinéia Abreu (PSDB) não aceitou tomar posse. Aliás, a maioria chegou a ir ao Legislativo, mas, por volta das 09:15hs, retirou-se do plenário.
Como há uma disputa judicial em torno da eleição da mesa e foi marcada, pelo então presidente José Pedro Serafini, atendendo determinação do Tribunal de Justiça, nova eleição para o próximo dia 10, Sineia e Jorge Muller ( segundo secretário) resolveram não tomar posse.
Legalmente, Sineia é a presidente da Câmara de Sinop a partir de hoje, mesmo com a decisão do TJ em fazer nova eleição para votar sua chapa. O regimento interno determina que, em situações como essa, o (a) vereador(a) com maior idade assume a presidência. Quanto a posse, Sineia e Muller ainda têm 15 dias de prazo .
Pedrinho abriu a sessão, falou da determinação do Tribunal de Justiça, e começou a “sessão de posse” com apenas com ele e a vereadora Zuleica em plenário. Com a ausência de Sineia, empossou Zuleica Mendes na vice-presidência e deu posse a ele mesmo na primeira secretaria ( segundo cargo mais importante da câmara e que cuida das finanças do Legislativo). Sineia considerou o ato nulo. “Entendemos que não poderíamos participar de uma posse que não concordamos com ela, até porque o mandado de segurança tem que ser cumprido. Ficamos constrangidos e até envergonhados de estar participando de uma sessão como essa”, criticou.
O ex-presidente pronunciou-se hoje, pela primeira vez, sobre a decisão do TJ em fazer nova eleição. Ele disse que a eleição não foi anulada e que é uma decisão moncrática. “Em momento algum o pleno do Tribunal de Justiça de Mato Grosso se reuniu para deliberar sobre uma proposição que lá tramitou. Não entendemos porque se fala em demora em cumprir. Tínhamos um prazo até o dia 31, porque a função de presidente se encerrou no dia, e eu estive no fórum, no último dia, à tarde, e lá, me ofereci para assinar. Então, é mais uma desinformação que se passa que o presidente demorou para assinar porque lá não tem prazo de assinatura”, rebateu.
Alguns vereadores da bancada do PMDB-PPS estavam viajando. O plenário estava praticamente vazio. Os poucos presentes eram jornalistas.
(Atualizada às 10:41hs)
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