O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual foi marcado com uma sessão especial da câmara neste dia 18. A data lembra um caso emblemático de violência contra criança ocorrido em Vitória (ES) em 1973, quando uma menina de oito anos de idade foi sequestrada, espancada abusada sexualmente e assassinada. De acordo com a Coordenadora do CREAS (Centro de Referência Especializada em Assistência Social), Isabel Silvana Magalhães, essa sessão especial serviu para apresentar dados sobre a violência no município de Alta Floresta. "O aumento de casos é consequencia do número de denúncias, por isso, é importante que a sociedade denuncie esse tipo de violência, nosso principal objetivo é erradicar essa violência tão grave, que é a violência sexual", explica.
Durante a sessão especial que durou mais de duas horas, autoridades, com o Promotor de Justiça, Dr. Henrique Schneider, a Delegada de Polícia, Ana Paula Reveles e demais representantes de entidades e órgãos, falaram sobre a violência sexual, enfatizando a importância de denunciar esses casos.
Alta Floresta foi apontada pela CPI da Pedofilia, como o 4° município do Estado de Mato Grosso, em violência contra a criança e o adolescente, dados da Secretaria Municipal de Ação Social, aponta que no período de janeiro a dezembro de 2009, foram registrados 324 casos de violência, dentre elas a psicológica, a física, o abuso sexual, a exploração sexual, e a negligência.
O promotor de Justiça, Henrique Schneider, destacou que a maioria dos casos de violência sexual ocorre dentro de casa, na escola, e entre outros lugares dos quais essas pessoas deveriam cuidar dessas crianças. Infelizmente a maioria desses casos nem chegam a ser noticiados, neste dia fazemos um apelo para que todos que tenham conhecimento de casos de violência sexual, denunciem, vamos mudar esse conceito, pois queremos colocar Alta Floresta em outro patamar, não nesses tão cruéis de violência, enfatizou Schneider.
Já o presidente da Câmara Municipal de Alta Floresta, vereador Dida Pires (PPS), destacou que o Poder Legislativo é parceiro nessa campanha juntamente com todos os órgãos e entidades para que, juntos, possam tirar Alta Floresta, desse índice de violência contra crianças, adolescentes, mulheres. "Todo cidadão que tiver conhecimento sobre esse tipo de violência, tem que denunciar, só a partir de então, os órgãos competentes podem agir, a fim de combater a exploração sexual de crianças e adolescentes", diz.
A sessão especial contou com a presença de políticos, promotores, delegados, servidores do Poder Executivo e Legislativo Municipal, além dos vereadores alta-florestenses, representantes de entidades e órgãos que defendem os direitos de pessoas vítimas de exploração sexual. As denúncias podem ser feitas através do disque 100, Polícia Militar, Civil e Conselhos Tutelares.