A câmara municipal de Cuiabá apresentou hoje o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Débitos Previdenciários. A comissão foi composta pelo presidente, vereador Dilemário Alencar (União Brasil), pela relatora, vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade), e pelo membro titular, vereador Ilde Taques (PSB). O documento aponta que o Município acumula R$ 561 milhões em dívidas previdenciárias, valor calculado com base em documentos oficiais e balanços contábeis.
O presidente da CPI ressaltou o compromisso com a transparência durante todo o processo investigativo. “Nós procuramos fazer um trabalho conjunto, eu e a vereadora Baixinha, da forma mais transparente possível. Demos oportunidades para os ex-gestores se defenderem. Fizemos o levantamento desse número astronômico, de mais de 500 milhões, em cima de documentos, inclusive do balanço contábil que o ex-prefeito assinou. Atualizando esses números, chega-se a esse valor que, lamentavelmente, é a população de Cuiabá que vai pagar”, destacou Alencar.
Dilemário destacou ainda que espera que o relatório resulte em responsabilizações. “Nós vamos encaminhar para os órgãos pertinentes todos esses números e esses relatórios. Eu espero que tomem as providências e busquem bloquear os bens do ex-prefeito Emanuel Pinheiro e dos ex-secretários, principalmente da secretária municipal de Educação e do ex-secretário de Saúde, porque eles não podem ficar livres,” afirma o vereador.
Sobre os próximos encaminhamentos, a relatora reforçou que o papel da CPI é apresentar os fatos e entregar o relatório aos órgãos competentes. “Nós, vereadores, não temos capacidade de prender nem de mandar. Eu só espero que os órgãos competentes olhem o relatório e que cada um faça o seu papel,” lembrou Baixinha.
Instalada em 27 de março, a CPI realizou oito oitivas e ouviu 15 pessoas, incluindo ex-secretários, gestores municipais, diretores de autarquias, servidores efetivos, representantes de aposentados e ex-integrantes da Controladoria e Procuradoria do Município.
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