
Uma parte dos vereadores que foi contrária apontou que os principais pleitos das 15 entidades que representam setor comercial, prestadores de serviços, industriais, moradores e produtores, não foram atendidos. A comissão apresentou 'contra proposta', na sexta-feira, ao secretário de Finanças, Teodoro Lopes -mas que não foi atendida. Hoje os vereadores não apresentaram emendas mas existe um acordo das entidades com a prefeitura que possam ser apresentadas emendas propondo percentuais menores de reajustes em impostos e taxas.
O presidente Dalton Martini se manifestou contrário os aumentos até que a prefeitura avaliasse as reivindicações das entidades. Julio Dias, que é da base aliada, considerou "errada" a forma com que foi elaborado o projeto do aumento. Ele defendeu que, primeiro, a prefeitura deveria ter discutido com a sociedade o projeto e depois enviá-lo à câmara. "Vou votar contrário 3 vezes se não for contemplado o que as entidades pedem", disse.
O vereador Wollgran Araujo (DEM) classificou que o projeto vai na contramão do que é feito nos municípios vizinhos, citando que são concedidos benefícios para novas empresas e isenção para pequenas enquanto que em Sinop a "população e as entidades ficaram mendigando" para que não ocorram aumentos expressivos.
A comissão das entidades apontou que o valor venal do Imposto Predial e Territorial Urbano pode ter aumento de até 100%. Neste caso, o valor dos imóveis pode sofrer um reajuste de até 300% em três anos. Entretanto, mais da metade dos imóveis, ou cerca de 60%, terão reajuste entre 40% a 50%. O percentual leva em conta o fator de localização do imóvel, utilizado como base para o cálculo do imposto.
Na contraproposta feita pelas entidades é defendido que o aumento acumulado do fator localização não passe de 30% nos próximos três anos. Ou seja, caso o projeto da prefeitura seja aprovado e, em determinada localidade, o reajuste seja de 25%, por exemplo, um eventual aumento nos dois anos seguintes (2016/2017) não poderia ultrapassar 5%.
A prefeitura atendeu uma reivindicação em não aumentar o ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza-. O projeto traria reajuste real de 25%.
A taxa de alvará de construção não terá novo percentual para o ano que vem. Entretanto, nos últimos dois anos, os valores, que levam em conta o custo da mão-de-obra, foram reajustados e no acumulado deste período os aumentos chegam (em quase que a totalidade dos projetos) a 125%, dependendo do tipo de construção. Para exemplificar, o alvará de uma casa de 250 m², que custava R$ 1,2 mil, em 2012, passou, dois anos depois, para R$ 2,7 mil.
As entidades propõem, neste caso, uma redução de 30% para todos os tipos de edificações. No exemplo citado acima, o valor da taxa cairia para R$ 1,8 mil. Vale ressaltar que os números representam apenas estimativas.
Para a taxa de fiscalização e vistorial anual (alvará anual) a proposta é manter 30% desconto para quem pagar em janeiro, 20% para fevereiro e 10% em março.
ISSQN x taxas e tarifas
A primeira “vitória” conseguida pelos representantes aconteceu no início desta semana, quando o prefeito “recuou” e decidiu não aumentar a alíquota para base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que afetaria diretamente empresas e profissionais liberais. Agora, as entidades querem que a prefeitura retire a cobrança do imposto sobre todas as taxas da prefeitura, por entenderem que é “inconstitucional”, uma vez que o valor pago deveria ser sobre serviços, o que não abrange a própria cobrança da prefeitura. Além disso, no caso do alvará de construção, por exemplo, que não especifica exatamente o que é imposto e o que é a taxa, quem deveria recolher o ISSQN seria o profissional liberal, autônomo ou construtora responsável pela obra e não o dono do imóvel.
As 15 entidades querem redução com efeito prático de 30% sobre os valores vigentes na tabela de custo de mão de obra e material de edificações.
A prefeitura quer aumentar para 0, UR (Unidade Referência) e 0,22 UR a aprovação de loteamento por cada lote. As entidades sugerem que seja de 0,10 UR. Para a taxa de desmembramento e unificação, a proposta é de 25 UR',s para unificação e desmembramento.


