PUBLICIDADE

Câmara aprova decreto e incentiva o debate pelo Território do Pantanal

PUBLICIDADE

A luta pela criação do Território Federal do Pantanal – que permeou algumas discussões no passado e saiu da ordem do dia – ainda não acabou. A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara dos Deputados, em Brasília, aprovou o Decreto Legislativo 1.027/2003, apresentado pelo deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), para realização de consulta plebiscitária sobre o tema. “Agora vamos ampliar o debate com a sociedade” – disse o coordenador geral do Movimento pelo Território do Pantanal, Euclídes Santos. A proposta central do projeto apresentado pelo parlamentar carioca é a transformação da região em patrimônio da humanidade.

A idéia agora, segundo Santos, é discutir as vantagens da criação do Território Federal do Pantanal em todos os municípios que serão atingidos pela nova unidade, que desmembraria em parte da região de Mato Grosso e parte de Mato Grosso do Sul. Ao todo, o novo território envolveria 22 cidades dos dois estados. São elas: Barão de Melgaço, Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger, Aquidauana, Bonito, Corumbá, Coxim, Jardim, Miranda, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Rochedo, Ladário, São Gabriel do Oeste, Pedro Gomes, Guia Lopes da Laguna, Nioaque, Rio Negro e Bodoquena.

“Sem nenhuma afronta aos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ao qual pertencemos, desejamos com a almejada autonomia administrativa, mais do que valorizar nossos atributos sócio-econômicos e ambientais. Pretendemos reatar os laços da cultura pantaneira, do linguajar típico arrastado, do caboclo tocador de gado, da comunidade ribeirinha, dos elos de amizade com os países limítrofes, enfim, dos velhos costumes e tradições do pantanal, esquecidos pela insistente intervenção externa de domesticação à cultura exógena” – diz Santos.

Euclides adiantou que nas visitas, reuniões, encontros e debates com a sociedade, mostrará a importância da viabilidade técnica e econômica da criação do Território Federal do Pantanal. Ele ressalta que o Pantanal “sugere turismo, sugere artesanato, sugere natureza, como sugere cultura”. São assim, segundo ele, essas principais riquezas da região prevista para ser Território Federal, capazes de incrementar o turismo, de fortalecer o comércio, agregar valores e promover a alta oferta de emprego para a população. “É assim, até com menos poderio turístico, que muitos estados brasileiros têm se mantido” – ele compara. No encaminhamento da proposta, será levado também pelo movimento a importância da ligação via terrestre de Poconé (MT) a Corumbá (MS), interligando com isso os dois estados.

Euclides Santos acredita que no decorrer dos debates, essa proposta obterá a simpatia de toda a população, pois é o único caminho para que o santuário ecológico possa ter independência não só territorial, mais de políticas publicas especificas e adequadas para a região, consolidando desta forma um programa de desenvolvimento sustentável para a região pantaneira e conseqüentemente preservando o ecossistema e a vida humana.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sorriso: Gerson encabeça chapa única para presidir a câmara

A eleição para a mesa diretora da câmara municipal,...
PUBLICIDADE