O senador Blairo Maggi (PMDB) declarou que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) não vai interferir no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ao sair de reunião com ele e mais 4 senadores da base aliada, em Brasília, esta tarde, afirmou que “o vice-presidente está tranquilo, diz que está a disposição de fazer com o que o processo que está aí sendo colocado seja o mais transparente possível”.
Blairo, forte aliado do ex-presidente Lula mas critico do governo Dilma, já defendeu a investigação que a presidente teria desrespeitado a Constituição e feito as pedaladas fiscais. “Se Dilma conseguir se sobressair acabará com a discussão e sairá fortalecida”, argumentou anteriormente, lembrando que “fato parecido ocorreu com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando enfrentou pedidos de impeachment”.
Apesar disso, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que também participou do encontro, declarou que Temer está preparado se Dilma deixar o poder. “Se a conclusão dos fatos, de acordo com o que determina Constituição revelarem a decisão do Congresso Brasileiro, da Câmara e do Senado, na direção do de uma sucessão natural, ele estará pronto em face das responsabilidades”, afirmou ao Jornal Nacional.
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Edson Fachin, suspendeu andamento do processo na terça-feira (8), ressaltando em despacho que a Constituição e o Regimento Interno da Câmara Federal não prevêem votação fechada. Agora esperado até a próxima quarta-feira (16), quando o plenário deverá julgar pedido liminar do PCdoB sobre a constitucionalidade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment
A decisão de Fachin impede a instalação da comissão especial do impeachment na Câmara Federal para evitar que atos futuros possam ser anulados pela Corte.