A comitiva brasileira que está na Venezuela acompanhando a inauguração da segunda ponte sobre o rio Orinoco teve que chegar ao evento a pé.
Os policiais venezuelanos que levavam ao local as autoridades e a imprensa brasileira erraram o caminho. Por causa disso, eles ficaram presos em um engarrafamento. Para fugir do trânsito, todos desceram do carro e decidiram ir caminhando.
Depois de vinte minutos de andando sob o sol, o governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi, reclamou da falta de organização por parte do governo venezuelano.
“Não estávamos esperando essa dificuldade para acessar o local, uma vez que aqui se encontram embaixadores, cônsules, governadores. Está faltando um pouco de organização da Venezuela”.
Para se proteger do calor e da luminosidade, a comitiva aderiu aos bonés vermelhos – a cor do governo do presidente, Hugo Chávez – que eram distribuídos pela organização do evento.
Embora não faça fronteira com o Brasil, a nova ponte é considerada um instrumento que pode incrementar o comércio entre o Brasil e a Venezuela e para estabelecer a rota de exportação, ligando Boa Vista (RR) e Manaus (AM) ao Mar do Caribe.
“Nos interessa que a Venezuela cresça economicamente e possa comprar os produtos brasileiros. O Mato Grosso só pode acessar a Venezuela através da hidrovia dos rios Madeira e Amazonas”, disse o governador. “Agora poderemos chegar por meio de Roraima, que vai usar essa ponte”.
Entre janeiro e setembro de 2006, o comércio bilateral ultrapassou US$ 3 bilhões.