quarta-feira, 15/maio/2024
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Blairo pode ter juíza como candidata a vice-governadora

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Um olho no gato e outro no peixe. Enquanto tenta administrar o Estado com sucessivas crises na arrecadação, o governador Blairo Maggi articula sua reeleição. E se mantém firme no projeto de ter ao seu lado, como companheiro de chapa, alguém do Poder Judiciário. Na verdade, uma companheira de chapa. O alvo agora é a juíza Maria Erotides Kneip de Macedo, de Várzea Grande. Fontes ligadas ao Governo confirmam que Maggi tem feitos insistentes apelos para que a juíza aceite trocar a magistratura pela carreira política. Um apelo, em verdade, bastante antigo. “Ela não diz nem que sim e nem que não. Vai esperar abril” – disse um interlocutor.

Não é de hoje que Maria Erotides é assediada pela classe política. Juíza de pulso firme, articulada e bastante carismática, a magistrada há tempos vem recebendo pedidos para se candidatar. Um dos maiores entusiastas do encaminhamento político para a juíza foi o ex-governador e ex-prefeito de Várzea Grande, Jaime Campos, atual presidente do Partido da Frente Liberal (PFL). Maggi, agora, vê essa possibilidade. No ano passado, inclusive, a juiza esteve a ponto de aceitar a candidatura a prefeita da cidade, mas desistiu na última hora. Deu no que deu: eleição de Murilo Domingos.

A decisão de permanecer na magistratura tem uma explicação. Segundo os interlocutores que atuam na ação de convencimento da juíza, faltam apenas dois anos para Maria Erotides se aposentar por tempo de serviço. Sem possibilidades de chegar ao cargo máximo na carreira, qual seja, a de desembargadora, a juíza não esconde a empolgação de ingressar na política. Até porque o apelo popular, especialmente no município de Várzea Grande, é um dos maiores já visto nos últimos tempos. “Ela tem um apelo eleitoral muito forte pela imagem que construiu ao longo da carreira de juíza” – frisou a fonte. Na segunda-feira à noite, ao compor uma mesa de um debate sobre o referendo, na Univag, a magistrada foi praticamente ovacionada pelos estudantes.

Mas Maggi vai ter que esperar até abril, quando termina o prazo de filiação partidária para quem deseja ser candidato e disputar uma convenção. Além disso, Maria Erotides não sabe ao certo se vai entrar numa composição política como vice ou se vai as urnas, buscando uma vaga no Parlamento. “Ela não sabe ainda qual será o destino político, se é que tomará uma decisão por esse destino político” – comentou, admitindo que a magistrada confessou já ter se arrependido de não ter disputado a eleição a prefeito.

Esta não é a primeira vez que o governador tenta “costurar” um entendimento para que alguém investido da carreira jurídica seja seu companheiro de chapa. Maggi já sondou a possibilidade, por exemplo, de ter o procurador da República, José Pedro Taques, como vice. Na mesma balada, Maggi conversou com Julier Sebastião da Silva, juiz federal. Junto com Taques, são apontados como os principais articuladores da queda do crime organizado em Mato Grosso. Outro nome que esteve no campo das possibilidades foi o do desembargador José Ferreira Leite, ex-presidente do Tribunal de Justiça.

A insistente busca de alguém ligado a magistratura ou mesmo do Ministério Público faz parte de um projeto que Maggi e seu grupo alimentam desde que começaram a pensar na hipótese da reeleição. Em verdade, ao tomar “gosto pela coisa”, o governador decidiu elaborar um projeto que consiste chegar em 2010 com uma candidatura a presidente da República. Para isso, conta até como favas a eleição a reeleição. Nesse caso, Maggi sairia antes de completar o mandato – o que vai exigir, portanto, alguém de extrema credibilidade para entregar o Governo.

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