Na campanha eleitoral, Blairo Maggi fez duríssimas criticas ao ICMs escaldante de 30% que os mato-grossenses vinham pagando ( e continuam até hoje ) sobre as contas de telefone e dos 40% aproximadamente sobre contas de energia elétrica. Blairo prometeu que iria reduzir estes impostos. 3 anos depois, a situação continua a mesma e não deve mudar. Ou seja: estes impostos devem continuar nos mesmos percentuais.
O governador Blairo Maggi reconheceu ontem, durante apresentação do plano de desenvolvimento do Estado para os próximos 20 anos, que não poderá cumprir algumas promessas. Ele acredita que a sociedade mato-grossense tem que ter a clareza sobre “o quanto custa e qual o tamanho do Estado que ela deseja ter”.
Maggi destacou que as ações do gestor público devem estar em sintonia com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
“Se esse é o preço político que tenho que pagar por não cumprir um compromisso de campanha estou pronto. Eu não serei irresponsável e fazer coisas que lá na frente o Estado não poderá sustentar. Existem estados que praticaram políticas diferentes e hoje estão vendendo o almoço para pagar o jantar. Eu prefiro voltar para casa com a consciência tranqüila e deixar um Estado de pé, do que fazer demagogia para continuar mais alguns anos no governo. Não farei isso”, afirmou o governador.
Na prática, Blairo começa a se antecipar na defesa aos ataques que deve sofrer dos adversários sobre as promessas de palanque que não vai conseguir cumprir.
Ele reafirmou que a distribuição da arrecadação feita pelo Governo Federal para os estados é injusta e compromete o futuro das administrações estaduais. “Nos últimos três anos tenho uma grande preocupação com o funcionamento do Estado num futuro próximo”, alertou. Em alusão ao índice de participação dos municípios mato-grossenses no ICMS, Blairo reconheceu que nenhum Estado ou município do Brasil tem condições de abrir mão de receitas, mas alertou que é preciso desenvolver um projeto que seja viável para Mato Grosso.
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