O PFL está livre para tomar a decisão que quiser. Já o PPS, com coligação ou não mantém a candidatura do governador Blairo Maggi tendo um minuto ou trinta segundos de horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. A garantia foi dada pelo próprio governador ao avaliar na manhã desta segunda-feira o encontro que manteve com os caciques do PFL na última sexta-feira em Marilândia, no interior do Estado, o encontro em Minas Gerais com a alta cúpula do PPS que decidiu em lançar a candidatura do deputado Roberto Freire à Presidência da República e a conversa que manteve com o senador Jonas Pinheiro no final da tarde de domingo.
Para o governador Blairo Maggi a decisão do presidente do PPS, Roberto Freire em disputar a eleição à Presidência da República pode significar problemas a mais na costura para a aliança com o PFL, mas em momento algum significa um recuo em sua decisão de se lançar candidato à reeleição ao Palácio Paiaguás. “De modo algum. Não mudo minha posição. Em quatro anos fizemos tudo aquilo que havíamos planejado para Mato Grosso. A população conhece o nosso trabalho e tenho certeza que nas urnas vai decidir pela continuidade deste trabalho voltado ao crescimento do Estado contra a volta do ‘compradrismo’ e dos velhos ‘conchavos’ que existem nas administrações anteriores”, disse.
Ao se referir sobre a eminente separação com o PFL, o governador deixou claro sua intenção de contar com o apoio do partido, mas assegura que isso não depende apenas dele e que se não tiver este apoio vai trabalhar outras alianças para manter seu projeto político.
“Na última sexta-feira me reuni com o PFL e Nova Marilândia e ficou decidido que só depois da reunião em Minas Gerais, se não tivessemos candidatura própria estaríamos prontos para uma coligação. Em havendo candidatura própria, liguei para o senador Pinheiro dizendo das dificuldades que teria em dar uma resposta positiva ao senador e ao PFL. Queremos manter a coligação, mas não podemos pedir nenhuma prazo a mais Portanto, o PLF está livre para tomar a decisão que quiser. Se puderem aguardar por mais algum tempo é bom. Poderemos no unir. Caso contrário, cada um vai tomar seu rumo”, ressalta.
Durante toda a semana passada, Blairo Maggi insinuou que preferia dar seu apoio ao governador paulista Geraldo Alckimin na disputa para a Presidência da República. Acontece no domingo, em Minas Gerais, na reunião que esteve presente, o deputado Roberto Freire se lançou como candidato do PPS. Para Maggi esta decisão muda por completo o seu posicionamento. Será fiel ao partido e vai trabalhar para a campanha de Freire independente de apreciar mais o perfil do governador paulista.
“ Alckimin é o melhor nome para ganhar. Tem todas as condições e atributos para isso. Não que nosso candidato não o tenha, mas é mais difícil, a nossa estrutura é menor. Nosso presidente defende o lançamento de uma terceira via. Acredita que com isso todos terá chances e que pode sair vitorioso. Respeito a posição do Freire. Se sua candidatura for levada adiante, vamos defender o nome dele aqui em Mato Grosso. Não podemos ficar chateados, brigados. A legislação eleitoral vai definir que caminho teremos de tomar com relação as coligações’, esclareceu.
Maggi reconheceu que diante do quadro que se desenha, a sua caminhada para um segundo mandato ao Palácio Paiguás será mais penosa, mas nem por isso menos vitoriosa. Ao contrário aposta no trabalho que tem feito para garantir mais quatro anos no poder. Segundo sua avaliação o PPS não terá um grande espaço no programas gratuitos de rádio e televisão. “Precisamos de um espaço de coligação. Mas vamos para a reeleição mesmo com um minuto ou trinta segundos. A população vai decidir se quer continuar com a mudança ou se quer a volta do compadrismo., o velho esquema conchavos que existia em Mato Grosso”, comentou.