Convicto de sua decisão de deixar a vida política ao final do mandato, o governador Blairo Maggi disse que pretende aproveitar agora para atuar mais diretamente nas ações de Governo, cumprindo em oito anos muito das promessas que foram feitas ainda em 2002, como é o caso da obra de pavimentação da BR-158, no Vale do Araguaia. “Os entraves burocráticos atrapalham” – disse. Ainda assim, se diz certo de que qualquer área do Governo atual “dá de dez a zero em outros governos”.
Maggi contou, num discurso sereno, que foi para a reeleição achando que não deveria. Relembrou que seu projeto era ser governador apenas quatro anos. De lá para cá, muitas coisas aconteceram. Ele insistiu em dizer que a decisão tomada já há algum tempo – precipitada pelo deputado federal Ciro Gomes, na semana passada – nada tem a ver com aspectos pessoais. Muitos acham que a doença da primeira-dama Terezinha Maggi, em recuperação em Rondonópolis, tinha ligação com a decisão.
“Para tudo tem seu tempo” – comentou.
O anúncio “tirou um fardo das costas” do governador. “Estou aliviado” – enfatizou. Ele disse que sua cabeça não estava voltada mais para a política. “Não seria justo com o povo de Mato Grosso não terminar o mandato para ser candidato”. Acredita que o PR é grande e vai continuar sendo grande. “O partido tem que ter pensamento” – destacou, prometendo seguir ajudando a sigla. Apesar de não disputar cargo eletivo em 2010, Maggi vai participar do processo eleitoral, até por considerar que o Governo estará sendo avaliado.
Ele se diz confiante: “Não creio que a sociedade queira andar par trás. Fizemos um Governo estruturando” – afirmou, ao destacar o modelo de gestão que procurou implementar. “Quero concluiir o meu mandato” – acentuou. Ele discorreu sobre as grandes obras, como a BR-163 e o projeto de habitação popular.