Crise que já faz parte do passado, perspectivas positivas e um Estado que está preparado para reafirmar e continuar seu ciclo de crescimento econômico. Com um discurso bastante otimista, o governador Blairo Maggi chamou a classe empresarial mato-grossense a continuar ousando e auxiliando o Governo nas políticas públicas de desenvolvimento que possibilitem a Mato Grosso crescer e solidificar a mudança de perfil econômico.
As afirmações foram ditas na noite de sexta-feira (01.12) durante a posse da nova diretoria da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), entidade que tem à frente na gestão 2006/09, o empresário do setor metalúrgico Mauro Mendes Ferreira. Da solenidade participaram secretários de Estado e parlamentares estaduais e federais.
A empresários de diferentes segmentos da indústria mato-grossense, Maggi salientou que a crise econômica pela qual passou o Estado já pode ser considerada coisa do passado e que os próximos anos serão economicamente positivos.
“Teremos pela frente momentos tão bons quanto antes da crise, com nosso Estado preparado para retomar e continuar o crescimento antes alcançado. Por isso, peço a todos que não tenham medo de ousar, de apostar aqui as fichas, pois uma economia forte se faz com investimentos sólidos e Mato Grosso está preparado para continuar trilhando o caminho do desenvolvimento”, observou o governador.
Maggi frisou também a participação da sociedade organizada na composição das políticas de governo e no esforço que o Estado está buscando para melhorar a prestação de serviços públicos. “O Governo está sempre aberto à participação da sociedade, das entidades que podem contribuir na condução das políticas públicas. Sem essa parceria, fica difícil para qualquer governo buscar mais desenvolvimento e mudanças sociais que resultam na transformação do perfil econômico que queremos para Mato Grosso, um Estado que deixará de ser apenas produtor de matéria-prima, para ser também transformador”, destacou.
O governador destacou ainda o trabalho do secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Alexandre Furlan na condução da política de desenvolvimento dos setores envolvidos e confirmou a a permanência de Furlan na composição do secretariado para o segundo mandato do governo estadual.
RETOMADA DE INVESTIMENTOS
Sobre os desafios para os próximos anos, Blairo Maggi voltou a reafirmar a necessidade de trabalhar e buscar desenvolvimento com observância à legislação. “Temos que ter, todos os envolvidos com a administração e condução de um Governo, o cuidado para entender o peso de cada lei que atinge a sociedade, pois um mundo globalizado no qual vivemos não permite impunidades”, ressaltou.
“Cada lei que assino e decreto que faço, tenho o cuidado em entender o quanto cada um pode afetar a sociedade, pois o nosso tempo dentro do governo é para atender a sociedade, mas principalmente, preparar o Estado para o crescimento destravado. Queremos desenvolvimento sim, mas harmônico, com observância às leis, pois o caminho é hoje absolutamente novo e as coisas que aqui acontecem são observadas em qualquer parte do mundo. A informação é instantânea, não estamos sozinhos e não podemos brincar”, disse Maggi.
Outro desafio apontado pelo governador é sobre a necessidade de atrair investimentos que possam aproveitar a produção de matérias-primas aqui existentes e conseqüentemente, gerar outras oportunidades como desenvolvimento local, emprego e renda. “A reestruturação e retomada do crescimento de Mato Grosso passa pela capacidade em podermos transformar riquezas ‘in natura’ em produtos mais complexos e que gerem mais recursos e empregos ao Estado. Portanto, estamos preparando Mato Grosso com boas condições para que possa crescer com consistência e não soframos as baixas e tropeços da economia nacional e mundial”, reforçou Maggi.
Sobre a nova presidência da Fiemt, sob o comando do empresário Mauro Mendes, o governador ressaltou a continuidade na parceria que o Governo tem buscado. “São através de colaborações, quando ouvimos e temos a participação efetiva da sociedade nas discussões estaduais, é que os governos trabalham para perder o menos possível na área meio e chegar com os investimentos na ponta para quem necessita recebê-los”, afirmou.
Ao finalizar seu discurso, Maggi chamou novamente a atenção para os investimentos em infra-estrutura necessários no Estado, especialmente a luta pela expansão dos trilhos da Ferronorte, e criticou a forma como a empresa que detém a concessão da ferrovia está operando os preços, prazos e competitividade de frete, bastante divergentes do valor praticado em modal semelhante no exterior.
“A classe empresarial tem que propor mudanças ao Governo Federal sobre a forma de privatização das ferrovias brasileiras que não foi um caso bem sucedido, e discutir a operacionalização, pois pegar recurso público e entregar ao monopólio privado não é o correto”, disse Maggi.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
Durante a solenidade da Fiemt, o secretário Alexandre Furlan, que também é vice-presidente da entidade e representante de Mato Grosso na Confederação Nacional das Indústrias(CNI), destacou os números alcançados nos últimos quatro anos sobre a atração de novas empresas e investimentos ao Estado.
Os incentivos estabelecidos por meio do Programa Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso fizeram com que fossem instaladas no Estado mais de cem pequenas, médias e grandes indústrias e empresas, gerando cerca de R$ 1 bilhão em investimentos e 10.500 empregos diretos.
Sobre a gestão da federação, Furlan falou dos desafios da entidade em continuar trabalhando com uma gestão modernizada. “Investimos em maior qualificação de pessoal e antecipamos na entidade o que o governo está buscando desenvolver na administração pública, com o compartilhamento de gestão nas áreas meio e otimização das tarefas. Vamos trabalhar agora e viver em um momento novo, mas ainda velhas com cobranças pela redução dos gastos públicos e carga tributária, para que possamos alcançar nosso objetivo maior que é o desenvolvimento de Mato Grosso”, assinalou o secretário.
Na ocasião, o economista Luiz Antonio Pagot comentou a nova fase econômica, e conforme ele, diversos setores da economia vivem o que denomina de “ciclo virtuoso”. O economista chama a atenção para que os empresários aproveitem este momento.“Nós vivemos um período no Estado que os investimentos estão mudando o perfil aos poucos , o não podia deixar de passar despercebido pelo próprio empresariado”.
O novo presidente da Fiemt, que junto a outros 50 empresários compõem a diretoria da entidade, destacou a continuidade da parceria com o poder público. ““Nós, como Federação das Indústrias temos o papel obrigatório de trabalhar com o Governo para alcançar nosso objetivo na sociedade que é também trazer possibilidades de desenvolvimento. Para tanto, é fundamental que possamos trabalhar em conjunto, auxiliando o Estado na formação de políticas que possam trazer esse crescimento”, observou Mauro Mendes ao destacar o papel da entidade que agrega 35 sindicatos de 22 segmentos industriais, fortalecendo através das instituições que compõem a entidade com trabalhos sociais e qualificação profissional e empresarial.
“Continuaremos desenvolvendo ações de qualificação de mão-de-obra e trabalhando na atração de novos investimentos ao Estado, além de buscar a melhoria pela infra-estrutura e logística, dois dos principais problemas enfrentados em Mato Grosso, pois deles depende o desenvolvimento”, assinalou Mendes.
Presente à solenidade, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto falou da capacidade de crescimento econômico de Mato Grosso, ressaltando a gestão empreendedora da classe empresarial, que mesmo com a excessiva carga tributária brasileira ainda consegue investir. “Gestores e empresários que fazem com que Mato Grosso tenha um crescimento interno superior ao do País e nos mostre que o Estado é um renovado exercício de crença no Brasil empreendedor”, afirmou Armando.