Terminou agora há pouco a reunião entre os governadores que participam do Fórum da Amazônia legal, em Belém (PA). Os participantes estão neste momento na solenidade de abertura do Fórum, que conta com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva. O governador Blairo Maggi foi o último a falar aos governadores.
Na ocasião, o ministro Carlos Minc assinou uma portaria ministerial que flexibiliza a resolução 3.545 do Banco Central, sobre a lideração de créditos agrícolas para produtos rurais. Anteriormente, a regra estabelecia que os agricultores que não tivessem 80% de reservas florestais em suas áreas não teriam acesso a financiamentos. A nova medida flexibiliza algumas exigências. Para Maggi, a mudança ainda não resolve os problemas, mas ajuda. Pela portaria assinada, os municípios que estão fora do bioma Amazônico e que foram enquadrados aleatoriamente entre os que sofreram restrições de liberação de créditos, poderão apresentar essa condição aos órgãos ambientais e regularizar a situação.
Para o governador, de certa forma flexibiliza, mas ainda não é o ideal. Maggi disse ainda que deve se reunir com o ministro Carlos Minc em outra oportunidade, já que as informações que ele recebeu sobre Mato Grosso foram distorcidas e não condizem com a realidade do Estado. Hoje foi o primeiro encontro dos dois após o novo ministro ter disparado críticas ao governador (dizendo que, se deixasse, ele plantaria soja ate nos Andes) ao abordar o avanço da agricultura em áreas florestais. Maggi disse que é preciso entender que existem diferenças entre os Estados Amazônicos e que devem ser equacionadas. O governador falou ao ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), que Mato Grosso está à disposição para, juntamente com outros governadores, tratar da questão da preservação do Meio Ambiente com desenvolvimento econômico.
O governador enfatizou ainda que Mato Grosso está na vanguarda em relação a políticas ambientais e que há mais de dois anos tem aberto um canal de diálogo entre produtores e Governo do Estado para discutir formas de conciliar a preservação com o desenvolvimento e neste sentido foram firmados diversos pactos de colaboração.
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