sexta-feira, 13/dezembro/2024
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Blairo bate e assopra no governo ao criticar lentidão em soluções de infraestrutura

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O senador Blairo Maggi "bateu e assoprou", hoje, no governo federal, em discurso, no Senado, onde criticou o setor da infraestrutura e que cresceu a produção, a tecnologia, fabricação de automóveis, "menos o transporte que ainda é feito nas mesmas rodovias. "Fizemos um esforço gigantesco para ultrapassar as metas de produção, os empresários, a Embrapa – o governo também deu apoio com as linhas de financiamento-, e o objetivo de 100 milhões de toneladas de grãos já foi ultrapassado. O país produz, hoje, 180 milhões de toneladas, e me refiro à safra só de grãos, deixando de lado, por exemplo, a cana-de-açúcar que vai virar etanol e vai percorrer as mesmas estradas", disse o mato-grossense, na tribuna do Senado.

A assessoria informou que Blairo lembrou que as dificuldades que o país teria foram previstas, e nada foi feito, ou pelo menos, não a contento. "Fizemos o Brasil crescer, fazendo um país autosuficiente, que pudesse gerar divisas dando condições ao Governo de criar programas sociais que hoje são um exemplo para o resto do mundo. Fizemos tudo isso, e mais uma vez, esquecemos-nos da infraestrutura. Estamos levando horas para percorrer hoje o mesmo trecho, porque as rodovias estão abarrotadas de carretas, carros. Os brasileiros estão perdendo o direito de ir e vir. E isso é ineficiência. Sendo que o custo acaba não ficando com ninguém, são penalidades duras que estão fugindo ao controle", agravou Maggi.

Ele afirmou que o Brasil não acompanhou o crescimento econômico que teve e lamentou que a infraestrutura do país não cresceu paralelamente ao desenvolvimento da indústria e principalmente do agronegócio. "Há 30 anos, quando cheguei ao Mato Grosso, a produção do estado era de 30 mil toneladas de grãos. A safra agora é de 36 milhões de toneladas. Já se passaram 30 anos e a única alternativa que apareceu é o corredor da hidrovia rio Madeira/Amazonas, que eu mesmo construí e liga o centro ao norte do país. São quatro ou cinco milhões de toneladas. De resto, é o mesmo carreiro que a gente tinha, a mesma estrada que tínhamos 30 anos atrás. O país não tem conseguido dar vazão à criação de novas rodovias, à instalação de novos portos. Está aí o Porto de Paranaguá, que é o mesmo porto de 20 anos atrás. Quando a gente vê as imensas filas de caminhões é porque está tudo interligado, estradas ruins, ferrovias que não aconteceram, portos que não são ampliados", disse Blairo ao defender que o país enfrente a questão como num plano de guerra. "Na guerra quem entra luta pela liberdade de um povo, e a nós interessa lutar pela mobilidade do nosso povo. Estamos presos, como dois lutadores que se agarram no embate, sem ter pra onde ir", lamentou.

A senadora Ana Amélia (PP/RS) reforçou as críticas. "M preocupa saber que um país como a China suspendeu a compra de soja porque o Brasil não cumpriu o prazo de entrega devido ao atraso do carregamento nos portos. Hoje, nós ainda ficamos discutindo o tamanho do Estado na economia, sendo que esse não é o problema, e sim, a eficiência do sistema governamental", disse.

 

 

 

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