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Blairo admite recuar de candidatura se PPS ficar isolado

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Candidatos a governador de Mato Grosso, alistai-vos! Se o PPS mantiver o projeto de candidato próprio a presidente da República, o governador Blairo Maggi disse que renuncia à candidatura. “Se o PPS ficar bem isolado, vou para casa” – disse. Ainda assim, negou que se sentia arrependido de permanecer na sigla socialista – quando teve convites para entrar no PFL e também no PMDB. Enfático, Maggi deixou claro que não pretende sob quaisquer aspecto fazer um enfrentamento de sacrifício para se manter governador de Mato Grosso.

A questão é simples. Com um candidato a presidente da República e alianças, o PPS aqui perderia a mobilidade de discussões para composições político-eleitorais e formação de uma coligação mais aberta. Tudo por causa do advento da verticalização. Maggi sempre disse que o ideal seria o PPS não ter candidato a presidente da República. Nem mesmo entrar como vice em alguma chapa. Inclusive, chegou a negociar essa posição quando foi aventada a hipótese de deixar a sigla, ainda no ano passado.

Esta não é a primeira vez que Maggi fala em pegar o boné e retomar sua vida empresarial em Rondonópolis e Sapezal. Por várias ocasiões o governador falou em não ser mais candidato. A começar quando declarou que seu projeto era de ficar apenas quatro anos no Governo. Com o projeto reformulado, Maggi, a cada dificuldade na formação de uma base sólida para sustentar a reeleição, dizia que não sairia candidato a nada, se fosse o caso. Em que pese as ações da articulação política do Palácio Paiaguás sempre indicarem exatamente o oposto. Blefe ou não, o dito popular é taxativo: canja e caldo de galinha nunca fez mal a ninguém.

Enquanto o PPS nacional não se define quanto ao rumo a ser adotado em torno da sucessão presidencial, o governador segue conversando com os partidos. Mesmo vendo o PFL cada vez mais distante, unindo-se ao adversário e rival político, o PSDB, Maggi disse que aceita o “apoio branco” dos liberais. A posição asumida pelo senador Jonas Pinheiro no final de semana praticamente isolou o projeto do PFL de uma candidatura própria razoável que pudesse sustentar o projeto da candidatura ao Senado do ex-prefeito Jaime Campos.

Enigmático, o governador frisou que, mesmo diante do recrudescimento no diálogo com o PFL, “não houve porta fechada daqui pra lá, nem de lá pra cá”. Ele admitiu que chegara um momento que terá que “namorar com quem não quer” para facilitar o projeto da reeleição. Até aqui, nesse caso, o projeto da reeleição segue: “Em quatro anos fizemos tudo aquilo que havíamos planejado para Mato Grosso. A população conhece o nosso trabalho e tenho certeza que nas urnas vai decidir pela continuidade deste trabalho voltado ao crescimento do Estado contra a volta do ‘compadrismo’ e dos velhos ‘conchavos’ que existem nas administrações anteriores” – disse Maggi.

Maggi, a rigor, emitiu uma senha sobre o comportamento que pretende adotar em relação a disputa eleitoral que se aproxima. Ele adiantou que esta preparando para possíveis ataques dos adversários. Na discussão para formação de uma aliança estratégica, PSDB e PFL pontuaram questões que acreditam serem capazes de “destruir” o atual Governo. A começar pelo ICMS da energia e da telefonia. “Se chumbo vem, chumbo vai, eu sou de paz” – finalizou Maggi.

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