sexta-feira, 11/outubro/2024
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Bird pode bancar parte de ações ambientais em Mato Grosso

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As ações que Mato Grosso está desenvolvendo na área ambiental, em parceria com a iniciativa privada, serviram de reforço para que uma das mais importantes instituições financeiras de desenvolvimento e financiamento a projetos, como o Banco Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), braço do Banco Mundial, se colocasse à disposição para avaliar projetos que poderão ser desenvolvidos e retomados no Estado.

Em reunião mantida nesta quarta-feira (02.05) com a vice-presidente do Banco Mundial, Pamela Cox, na sede da instituição em Washington D.C. (EUA), o governador Blairo Maggi, acompanhado de secretários de Estado, parlamentares mato-grossenses e representantes do setor produtivo, apresentou as ações que Mato Grosso está desenvolvendo em busca de equilibrar a economia com a preservação e manutenção da área ambiental.

Maggi voltou a reiterar à vice-presidente do Banco Mundial a disposição do Estado em encontrar alternativas para viabilizar economicamente os projetos voltados à questão ambiental, entre eles o de desmate evitado.

De acordo com o deputado federal Homero Pereira, que participou da reunião, o Governo do Estado e a iniciativa privada estão reiniciando uma aproximação com a instituição financeira para buscar auxílio na captação de recursos que serão empregados em projetos na área ambiental.

Homero afirmou que a reaproximação se dá em um momento de extrema importância para o Estado, pois o Banco Mundial por ter um aporte maior de recursos para investimentos avaliou como positivas as ações e a preocupação de Mato Grosso em desenvolver ações que possam assegurar desenvolvimento sustentável.

“Os investimentos do Banco em Mato Grosso ficaram prejudicados depois da paralisação do programa BID-Pantanal e agora estamos retomando essa aproximação para que ações efetivas sejam definidas e possamos realmente viabilizar os recursos necessários”, destacou Homero.

Ainda segundo o deputado, o Banco se mostrou interessado em participar de parcerias público-privadas, a exemplo da formação de consórcios rodoviários criados no Estado com associações de produtores rurais, o que, assegurou ele, se deve em virtude da presença da iniciativa privada nas ações conjuntas com o Governo em busca de melhorar o desenvolvimento do Estado. “O Banco não realizou experiências semelhantes de participação em parcerias público-privadas e demonstrou interesse na contrapartida junto com produtores, tendo pesado nesse interesse o envolvimento e a participação da sociedade mato-grossense nas ações governamentais”, frisou Homero, acrescentando que Mato Grosso está com buscando ajuda com quem de fato pode auxiliar.

Uma reunião para tratar dos desdobramentos das reuniões em Washington, o Governo do Estado e iniciativa privada será realizada com representantes do Banco Mundial no escritório em Brasília, salientando que o banco irá auxiliar também o Estado na montagem de projetos para captação de recursos.

O governador reforçou na reunião com as duas instituições os investimentos que vêm sendo feito pelo Brasil e por seu Governo no sentido de aumentar a produtividade das culturas agrícolas, sem a necessidade de se abrir novas terras nem de avançar sobre a floresta ou qualquer outro bioma – e disse que não vai criar novas áreas de preservação no Estado, a menos que tenha dinheiro para pagar as indenizações decorrentes de tal ato.

“As instituições se mostraram bastante favoráveis porque sentiram que Governo e sociedade de Mato Grosso estão interessados em aliar desenvolvimento e sustentabilidade. E na busca por recursos as ações envolvem principalmente os pequenos produtores mato-grossenses”, observou o secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato.

Para o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Rui Otoni Prado, as instituições ficaram cientes da preocupação sentida pelo Estado e da vontade política do Governo em viabilizar recursos para desenvolver ações de segurança ambiental. “O que devemos desenvolver necessita de aporte financeiro, pois sozinhos não conseguiremos realizar na velocidade necessária. Com o interesse do Banco Mundial sentimos que há um encontro de vontades de ambas as parte, um interesse múltiplo”, assegurou Rui Prado.

Entre as primeiras decisões já estabelecidas com as instituições está o encaminhamento de um projeto ao Bird para realização do diagnóstico do passivo ambiental em Mato Grosso, ação que consta do protocolo de intenções assinados no último mês entre Governo do Estado, produtores rurais e organizações não-governamentais. Os protocolos são considerados pelas ONGs um avanço no tratamento dado às questões ambientais mato-grossense estabelecendo e dividindo as responsabilidades entre todos os atores envolvidos.

Acompanharam o governador os secretários de Estado de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan; Clóves Vettorato, de Projetos Estratégicos, e o presidente da Aprosoja, Rui Prado.

O Banco Mundial trabalha na ajuda aos países a atrair e reter investimento privado. Com o apoio do Banco – tanto empréstimos quanto assessoramento – os governos estão reformando as suas economias, fortalecendo sistemas bancários, e investindo em recursos humanos, infraestrutura e proteção do meio ambiente, o que realça a atração e produtividade dos investimentos privados. Um dos braços do Banco Mundial, o Bird, atua na tomada de empréstimos e assistência para o desenvolvimento a países de rendas médias com bons antecedentes de crédito.

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