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Bezerra enquadra Maggi antes mesmo de filiação ao PMDB

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O presidente do PMDB em Mato Grosso, deputado federal Carlos Bezerra, garantiu que a provável filiação do senador Blairo Maggi (PR) ao partido não vai interferir em uma eventual candidatura à Prefeitura de Cuiabá do ex-juiz Julier Sebastião da Silva (PMDB). “Ele vai acompanhar o que o partido decidir. Que ele é amigo do atual prefeito [Mauro Mendes – PSB], todos nós sabemos, mas ele vai acompanhar o que o partido definir e isso nós já conversamos”, sustentou o parlamentar.

Maggi, por sua vez, estaria tentando amarrar um acordo de aproximação entre o PR e o PMDB antes de confirmar sua adesão à nova legenda, ao passo que, entre os republicanos, já há quem apoie uma aliança pela reeleição de Mendes. O socialista já contou com o apoio do PR em 2012, quando o partido chegou a indicar o candidato a vice de sua chapa.

Além disso, o senador se manteve afastado da campanha eleitoral de 2014, quando seu partido optou por uma aliança com o PT e o PMDB, enquanto ele tinha mais simpatia pelo projeto do governador Pedro Taques (PDT). Maggi se limitou a participar da campanha no segundo turno, quando o pleito em Mato Grosso já estava definido.

Bezerra, no entanto, acredita que a aliança PT/PMDB só deve se repetir em 2016 a partir do segundo turno, caso ele exista. A aposta do peemedebista é por cerca de cinco candidaturas a prefeito em Cuiabá, o que empurraria a decisão sobre o futuro do comando do Palácio Alencastro para um segundo momento da eleição.

Candidatura – Bezerra também afasta a chance de os planos que vêm sendo discutidos dentro do PMDB para Julier serem atrapalhados pelo fato de ele ser um dos investigados na operação Ararath. O parlamentar chegou a afirmar ter informações, ainda não confirmadas, de que o juiz federal responsável pelo caso, Jeferson Schneider, teria problemas pessoais com o ex-magistrado. “Eu não conheço profundamente o processo. Eu não sei detalhes, devo falar com o Julier para saber melhor dessas coisas”.

Julier foi envolvido na Ararath sob a denúncia de que favorecia determinadas pessoas em processos que estavam sob sua relatoria em troca de favores financeiros. Na semana passada, ele e um empresário tiveram os bens bloqueados por decisão de Schneider em um dos processos frutos da operação.

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