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Autoridades da Bolívia querem apoio de MT para pavimentação de rodovia

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Autoridades bolivianas querem que o governo de Mato Grosso interceda junto à União para que haja uma pressão capaz de fazer com que o presidente do país andino, Evo Morales, inclua no programa de pavimentação de rodovias o trecho da estrada que liga San Matías a San Ignácio de Velasco, de cerca de 315 km. O trajeto é o último não asfaltado no corredor que liga Cuiabá aos portos peruanos e chilenos, abrindo assim a possibilidade de escoamento da produção agrícola pelo Pacífico.

O assunto foi tratado no primeiro dia da Caravana de Integração, realizada pelo governador de Mato Grosso, Pedro Taques (PSDB), para buscar estreitar laços com a comunidade andina e assim possibilitar aos produtores o acesso aos portos chilenos e peruanos. Os bolivianos deixaram claro que a questão não é financeira, mas política, uma vez que já estão disponíveis recursos da ordem de US$ 2 bilhões para o financiamento das obras.

De acordo com o secretário de Infraestrutura, Marcelo Duarte, o dinheiro para a expansão da malha rodoviária seria obtido pela Bolívia junto a instituições internacionais e à Corporação Andina de Financiamento (CAF). “Não se trata de uma questão financeira, isso eles deixaram claro. O que eles necessitam é de apoio para que este trecho faça parte das obras a serem realizadas”.

Para Duarte, o fato de Mato Grosso não precisar apoiar financeiramente as obras pode representar maior agilidade no avanço do projeto, uma vez que a transferência de recursos representaria a necessidade de atuação do Itamarati, bem como a assinatura de um tratado internacional, o que demandaria tempo.

O único obstáculo neste momento para que esta pressão ocorra é o atual momento político do Brasil. Com a presidente Dilma Rousseff (PT) em meio a um processo de impeachment, que já está sob análise do Senado, após passar pela Câmara dos Deputados, a posse do hoje vice -presidente Michel Temer (PMDB), se torna iminente. “Vamos precisar conversar com o possível futuro presidente para pedir o auxílio no sentido de conversar com Morales e possibilitar a inclusão deste trecho no projeto”, adianta o secretário.

Os outros 200km, que ligam San Ignácio a Santa Cruz de La Sierra, também sem asfalto, já fazem parte do programa. Segundo o engenheiro e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Luiz Miguel de Miranda, o custo para a construção da rodovia é de R$ 1,5 milhão, conforme último levantamento de custos. Isso faz com que a obra atinja R$ 500 milhões para ser concluída na sua totalidade.

Nesta sexta-feira, Taques deu início à Caravana de Integração, ao lado de diversos políticos mato-grossenses, empresários, representantes do setor produtivo, autoridades bolivianas, chilenas, peruanas e paraguaias. O comboio partiu de Cuiabá até Cáceres, onde Taques transferiu o comando do Estado ao presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Guilherme Maluf.

De Cáceres, os integrantes da comitiva participaram de um ato público em San Matías e seguiram para San Ignácio, onde um termo de cooperação foi assinado. “Esta é uma integração que já foi sonhada muitas vezes e temos certeza de que ela desta vez vai sair. Nossos produtos poderão ser exportados para a Ásia com um prazo 15 dias menor, porque não terão que descer para o estreito de Magalhães e nem subir pelo Canal de Panamá”. Depois de passar por Santa Cruz de La Sierra, a comitiva sobe, neste domingo, os Andes, rumo a Cochabamba.

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