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Auditoria cogita hipótese de caixa 2 em contas de deputados de MT

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Dos oito deputados eleitos e reeleitos em Mato Grosso em outubro, sete apresentaram problemas com a prestação de contas de campanhas, segundo auditoria realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Há suspeitas inclusive de uso de caixa dois contra os políticos que vão representar Mato Grosso na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem. Dois deputados já tiveram suas contas apreciadas e só um, o atual vereador Valtenir Pereira (PSB), passou sem maiores problemas. Eliene Lima (PP), atual deputado estadual e que, como Valtenir, sobe para a Câmara dos Deputados, também passou com duas contas, mas com ressalvas.

Thelma de Oliveira (PSDB) e Pedro Henry (PP), reeleitos, tiveram suas contas rejeitadas pela auditoria do TRE. Da lista de contas reprovadas aparecem ainda Homero Pereira (PPS) e Carlos Bezerra (PMDB). O deputado federal Carlos Abicalil (PT), mais votado na última eleição, conseguiu parecer favorável a aprovação de seus gastos de campanha, mas com ressalvas. Por sua vez, Welington Fagundes (PL) vai com suas contas para o pleno com o carimbo da aprovação.

Acusado de envolvimento no caso do “mensalão” e depois de estar envolvido entre os chamados “sanguessugas”, Pedro Henry é o que parece em situação considerada crítica. Segundo os técnicos do TRE, o deputado omitiu gastos, como os relativos a viagens de avião dentro do Estado. Os técnicos calculam que, nesse item, Henry deveria ter declarado uma despesa de R$ 75 mil com “deslocamento aéreo”, mas informou ter gasto R$ 24 mil.

Contra Thelma de Oliveira, deputada tucana reeleita, pesam suspeitas de uso de caixa dois na campanha. O mesmo ocorre com o ex-senador e deputado federal eleito Carlos Bezerra. Segundo a auditoria do TRE, Thelma teria usado recursos não declarados no relatório da prestação de gastos de campanha. Já nas contas de campanha de Bezerra foram apontadas irregularidades como o não recolhimento de encargos sociais e omissão de gastos.

A origem e valores repassados pelos doadores de campanha a Carlos Bezerra, por outro lado, não seguiram os preceitos da legislação eleitoral. O político do Sul de Mato Grosso recebeu o valor de R$ 45 mil de pessoa jurídica, a São Carlos Agropecuária SA. Esse valor, segundo nota dos auditores, está acima dos 2% do total de faturamento da receita da empresa. Ele ainda recebeu de pessoas físicas, conforme prestação de contas, valores acima do que a lei permite, isto é 10% do que é declarado no Imposto de Renda.

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