A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) emitiu uma nota manifestando apoio à delegada de Polícia Federal Marianne Rodrigues Elias e a sua equipe, bem como repudiando o secretário de Assistência Social Várzea Grande, Gustavo Duarte, que foi preso por desacato durante cumprimento de mandado de busca e operação no âmbito da operação Fake News, deflagrada ontem pela manhã.
Segundo a PF, a operação tinha como objetivo combater crimes eleitorais e contra a honra, praticados em desfavor do atual governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, nas eleições de 2022. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande expedidos pelo Núcleo Regional Eleitoral das Garantias I, do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso.
Durante cumprimento na residência do secretário, o mesmo se exaltou. Em vídeos divulgados a pedido do próprio secretário, ele aparece criticando a ação da Polícia Federal, afirmando que seria bispo e patriota, que a PF teria chegado com armas na mão e que teria tentado arrombar a sua porta.
Na nota, a Associação Nacional dos Delegados da PF repudiou o “comportamento do investigado durante o cumprimento de mandado”, “quando insinuou de forma leviana que os policiais federais teriam agido de maneira indevida. Não é admissível que policiais federais sejam atacados de forma intolerável, sem qualquer amparo legal, por atuar no cumprimento do seu dever funcional e em observância à Constituição Federal e à legislação vigente. Durante toda a diligência, amplamente documentada em vídeo divulgado em redes sociais, a equipe manteve postura profissional e equilíbrio, conduzindo a operação com segurança e respeito aos direitos legais, até sua conclusão”, diz trecho do comunicado.
A ADPF também repudiou a gravação e a divulgação das imagens. “Veiculação indevida e desrespeitosa promovida por aqueles que gravaram e divulgaram o vídeo nas redes sociais, expondo a Delegada e sua equipe, e reafirma o compromisso com a defesa da legalidade e da integridade profissional dos Delegados de Polícia Federal e de todos os policiais federais, que atuam diuturnamente na preservação da ordem pública e no cumprimento das decisões judiciais”.
Gustavo foi ouvido na sede da PF e liberado em seguida. Após a prisão, a prefeita Flávia Moretti anunciou que Gustavo será exonerado e que vai nomear a secretária adjunta, Cristina Saito, para assumir a pasta.
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