A Assembleia Legislativa de Mato Grosso ao aumentar a verba indenizatória dos deputados estaduais para R$ 65 mil sem necessidade de prestação de contas, em julho de 2015, estava regulamentando o “mensalinho” que era pago há gestões seguidas do Executivo através de lei. É o que afirmou o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) em sua delação premiada ao Ministério Público Federal. Segundo ele, as tratativas do aumento ocorreram por meio da Mesa Diretora, à época composta pelos deputados Guilherme Maluf (PSDB) e Ondanir Nininho (PSD), como presidente e vice-presidente, com o aval dos demais parlamentares e com a interlocução do deputado Gilmar Fabris (PSD) junto ao governo.
Naquela época, o governador Pedro Taques (PSDB) vetou o aumento da verba indenizatória, mas teve seu veto derrubado pelo parlamento. Naquela época, o valor do recurso para cada deputado era R$ 35 mil.
“O declarante tem ciência que a mesa diretora, com o aval dos Deputados Estaduais e com a interlocução de Gilmar Fabris junto ao governo, ‘regulamentou o 'mensalinho' através de lei’", diz trecho da delação de Silval Barbosa.
O ex-governador contou à procuradora da República Vanessa Zago que ficou sabendo dessa artimanha por meio de vários deputados e destacou que, na época em que esteve no governo, a verba indenizatória era de aproximadamente R$ 18 mil com o dever de prestação de contas. Além disso, durante sua gestão, o valor do chamado “mensalinho” pagos aos parlamentares como forma de garantir governabilidade, era de R$ 50 mil para cada um.
“Até 21/12/2014 os parlamentares recebiam R$ 50 mil como ‘mensalinho’ e a verba indenizatória de aproximadamente R$ 18 mil, por meio do aumento da verba indenizatória foi incluído o valor do ‘mensalinho’”, disse.O ex-governador contou à procuradora da República Vanessa Zago que ficou sabendo dessa artimanha por meio de vários deputados e destacou que, na época em que esteve no governo, a verba indenizatória era de aproximadamente R$ 18 mil com o dever de prestação de contas. Além disso, durante sua gestão, o valor do chamado “mensalinho” pagos aos parlamentares como forma de garantir governabilidade, era de R$ 50 mil para cada um.