A Assembleia Legislativa de Mato Grosso desistiu de pedir a transferência do deputado estadual afastado Gilmar Fabris (PSD), atualmente preso no Centro de Custódia de Cuiabá. A decisão foi tomada após uma reunião entre o presidente do legislativo, Eduardo Botelho (PSB), do Conselho de Ética,Leonardo Albuquerque (PSD) e o juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis. A possibilidade foi levantada depois que familiares de Fabris, preso por suspeita de obstrução à Justiça, alegaram que o político estaria sofrendo maus tratos na unidade prisional.
Conforme Fidélis, após ouvir os relatos dos parlamentares, ele destacou que não há nenhum tipo de tratamento diferenciado para Fabris. “Ele tem sido tratado como um preso comum, que está em uma unidade prisional”. Para assegurar a informação, o magistrado acompanhou os deputados até o centro, onde eles puderam conversar com Fabris. “Fiz isso para que não ficasse nenhuma dúvida a respeito das condições dele no Centro de Custódia”, explicou Fidélis.
A informação foi confirmada pelo próprio Botelho. “De fato estivemos lá, conversamos com ele e pudemos ver que ele está sendo tratado sem regalias, mas também sem nenhuma retaliação. É uma situação difícil, ele tem problema de saúde, mas tem sido tratado de forma adequada, dentro da realidade do que é uma prisão”.
A possibilidade de um pedido de transferência para uma sala de Estado Maior, como chegou a ser cogitada, foi descartada. Conforme a assessoria de Albuquerque, o parlamentar, na condição de presidente do Conselho de Ética, recebeu as queixas e, em conversas com Fidélis, recebeu as garantias de que ele esta sendo devidamente tratado.
Gilmar Fabris foi preso no último dia 15, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Ele é suspeito de ter deixado sua residência carregando documentos minutos antes da deflagração da 12ª fase da Operação Ararath.