A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso pedirá para a secretaria estadual de Justiça e Direitos Humanos que transfira o deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), preso desde o último dia 15, no Centro de Custódia da Capital provavelmente para o 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão. O motivo do pedido seriam supostos maus tratos e ou tratamento mais rígido em relação aos demais detentos. Está sendo apurado se ele teria sido impedido de deixar a cela, por exemplo. De acordo com a defesa do parlamentar, ele sofre de problemas crônicos de saúde e faz uso contínuo de medicação.
O caso teria sido repassado de Botelho para a comissão de ética da Assembleia, que é presidida pelo deputado Leonardo Albuquerque (PSD) e que deve procurar, nos próximos dias, conversar com juiz de execuções penais para se informar sobre a situação e sobre as possibilidades para resolver o caso.
A assessoria de imprensa de Fabris afirma que seus advogados apenas ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de revogação da prisão. Ele está na cadeia a pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusado de obstrução de justiça ao deixar seu apartamento às pressas e levando uma pasta de documentos minutos antes da chegada da Polícia Federal em sua residência no dia 14, quando foi deflagrada a operação Malebolge (12ª fase da Ararath), que efetuou busca e apreensão na casa e no gabinete do parlamentar, apontado como um dos recebedores de propina paga pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Fabris negou ter fugido da polícia e alegou, por meio de seus advogados, que tem o costume de acordar cedo e levar a pasta consigo, pois é nela que guarda seus medicamentos de uso contínuo. Naquele dia, por volta das 14h, ele se apresentou acompanhado de 2 advogados na sede da Polícia Federal, onde prestou depoimento durante toda a tarde e, em seguida, foi encaminhado ao centro de custódia.