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Assembleia debate estadualização do Hospital de Peixoto de Azevedo

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Fundado há 17 anos, o Hospital municipal de Peixoto de Azevedo, 692 km de Cuiabá, recebe grande demanda e possui poucos recursos financeiros para atender os pacientes. Com objetivo de encontrar soluções para o problema, a Assembleia Legislativa realizou, ontem à noite, uma audiência pública que debateu a importância de estadualizar o hospital. O autor do evento, deputado Pedro Satélite do PSD, justificou que com a alteração de administração, o local passaria a atender as especialidades de média e alta complexidade.

"É a alternativa de se garantir um atendimento mais eficiente a moradores da cidade e municípios das proximidades", disse.

Na unidade, que antes funcionava como Hospital Regional dos Garimpeiros, são realizados apenas atendimentos básicos e de média complexidade. Além da população de Peixoto de Azevedo aproximadamente 33 mil habitantes, pacientes de cinco municípios vizinhos procuram socorro no local. Matupá, Guarantã do Norte, Novo Mundo, Terra Nova do Norte, Colíder e outras cidades da Região Norte de Mato Grosso, além do Sul do Estado do Pará, são atendidas no local.

De acordo com a secretária de saúde municipal, Elizabete de Arruda Pinto, o hospital possui 70 leitos, atende uma média de 60 pacientes por dia e tem 136 funcionários, entre eles 16 médicos. Segundo ela, só as despesas do hospital giram em torno de 810 mil por mês e a maior parte é custeada pelo próprio município. "O problema é que a demanda vem aumentando a cada dia e nós não estamos conseguindo arcar com a parte financeira".

A secretária explica que o prédio do hospital precisa de uma reforma urgente, porém está impossível obter recurso. "Faz tempo que a gente batalha por essa estadualização é um processo que só vem a contribuir com a saúde da região, o município não está aguentando as despesas do hospital", declara.

O vereador Sidney de Paula (PMDB) ressalta que a frágil infraestrutura do hospital que, inclusive não possui Unidade de Terapia Intensiva – UTI, é um problema constante. "Se alguém precisa ficar internado em UTI tem que enviar para a cidade mais próxima que é Colíder, cerca de 70 km daqui", esclareceu ao agradecer a Assembleia Legislativa por debater o assunto.

A dona de casa, Aleandra Tiburcio, 30 anos, mora há 23 em Peixoto de Azevedo e disse que ‘sentiu na pele" o problema da falta de UTI no hospital. "São vários os problemas, mas esse é o maior. Quase perdi minha filha por ela ter nascido de parto prematuro e o hospital não ter condições adequadas. Depois de três dias de nascida, ela foi encaminhada para um hospital Sorriso, 350 km daqui, mas estava em estado grave, por pouco não a perdi", lamentou. A mesma sorte, não teve a hoteleira, Lindalva Albertina, 49 anos. "Há 11 anos, meu netinho nasceu de parto prematuro neste hospital, morreu por falta de UTI", reclamou.

O secretário de Saúde de Mato Grosso, Mauri Rodrigues de Lima, disse que está mais que na hora de estadualizar o hospital e implantar UTIs na unidade. A boa notícia dada por ele durante a audiência é que esse anseio do povo da região parece estar perto de se realizar. "O governador Silval Barbosa já liberou 500 mil reais para investir na infraestrutura do hospital. Já é um grande passo para a estadualização do mesmo. Empenho não está faltando", garantiu Mauri.

A audiência aconteceu na Câmara de Peixoto de Azevedo, com participação do prefeito Silvaldo Santos Brito e vereadores do município. E ainda de prefeitos e vereadores de municípios do entorno. Ao todo cerca de 500 pessoas marcaram presença.

 

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