PUBLICIDADE

Assédio a deputado estadual pode causar racha entre PSDB e DEM no Estado

PUBLICIDADE

A articulação do PSDB visando a disputa eleitoral pela Prefeitura de Sinop em 2016 e o assédio do partido ao deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) podem resultar em uma ruptura em nível estadual da aliança que a legenda mantém com o Democratas e que vem de longa data. O presidente em exercício do diretório do DEM em Mato Grosso, o ex-deputado federal Júlio Campos, afirma considerar levar a questão até a Executiva Nacional da sigla.

O problema é que o PSDB teria condicionado seu apoio ao projeto de Dilceu Dal Bosco (DEM) à prefeitura sinopense à migração dele e de seu irmão, Dilmar Dal Bosco, ao partido. Segundo Júlio Campos, a proposta teria partido do presidente estadual da legenda tucana, o deputado federal Nilson Leitão, e sido feita diretamente a Dilmar, sem consulta à direção do DEM no Estado.

“Agora temos que conversar com o deputado Leitão porque, então, ele está rejeitando a possibilidade do DEM ir junto com ele no processo eleitoral de 2018, para o sonho dele que é ser senador. No momento que você quer esvaziar um parceiro, um aliado, é sinal de que você já está descartando o tempo de televisão, de rádio, de propaganda dele. O DEM não está morto”.

Júlio Campos sustenta que ainda não trata do assunto como uma ruptura entre as legendas, mas sim um “mal estar” que se instalou, em sua avaliação, por falta de uma discussão sincera sobre o assunto. A ausência de diálogo e informação também vista por Leitão como motivo para o descontentamento do aliado democrata.

O tucano nega qualquer imposição para que Dilceu seja candidato pelo PSDB. Segundo ele, a única deliberação do partido até agora é de que haverá uma candidatura própria em Sinop, tendo em vista que a legenda não disputa o cargo de prefeito desde 2004. “Mas essa decisão é do diretório municipal e foge da minha vontade pessoal. Não sou desleal com ninguém e jamais seria com o deputado Júlio Campos”.

Já sobre o convite de filiação feito a Dilmar, Leitão afirma que a vontade de retornar ao PSDB sempre partiu do democrata. O próprio deputado estadual reconhece que vem se afastando das articulações políticas do DEM por não ter afinidade com parte das lideranças de sua região e sustenta que, hoje, a tendência é que realmente troque de partido. “A liderança que eu exerço, na campanha não teve a mesma reciprocidade. Eu tive pouquíssimo apoio do DEM na eleição. Dos meus votos, 95% são de pessoas que não são filiadas e maioria dos que têm filiação são do PSDB”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE