O ex-secretário Eder Moraes (PMDB) recusou proposta do Ministério Público Federal (MPF) para ser delator de suposto esquema de desvio público e crimes contra o sistema financeiro. A afirmação foi feita pelo advogado dele, Paulo Lessa. Hoje, após 64 dias preso no Complexo Penitenciário da Papuda, voltou a Cuiabá, onde participa, até a próxima semana, de audiências no processo em que é réu por lavagem de dinheiro. Abatido, com barba por fazer e mais magro, desembarcou, algemado, na pista do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, escoltado por agentes da Polícia Federal.
Questionado sobre a possibilidade de delação premiada, o advogado garante que Eder não aceitou fazer, por motivos que ele ainda desconhece, pois não teve contato com o seu cliente.
Preso no Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília desde o dia 20 de maio, Eder foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) em Cuiabá, e logo após para a Polinter, onde passará a noite.
Assim como o governador Silval Barbosa (PMDB) conseguiu ser dispensado de depor a favor de Eder, Lessa acredita que o senador Blairo Maggi não será ouvido na condição de testemunha de defesa.
“Eles estão na mesma situação ambos são investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Pode ser que em relação a ele também não vai haver depoimento. Se foi dispensado um, então possivelmente também vai ser dispensado o outro”, afirmou.
