
Apesar do valor da avaliação não constar no sistema Apolo, no site do Tribunal de Justiça, o preço de venda desse tipo de imóvel junto as imobiliárias da Capital beira os R$ 500 mil. Conforme decisão judicial, o bem, que foi sequestrado e colocado a leilão com o objetivo de ressarcimento aos cofres públicos, não pode ser arrematado por menos de 80% do seu preço de avaliação.
Além de se manifestar acerca disso, o ex-secretário, por meio de sua defesa, também deve apresentar ao juízo os comprovantes de pagamento das despesas do imóvel, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), condomínio, energia elétrica, entre outros. Ele é responsável pela manutenção desses gastos em dia até a efetivação do leilão, que deve ocorrer na próxima temporada.
O sequestro de bens de Nadaf ocorre mediante medida cautelar impetrada pelo Ministério Público Estadual (MPE) em abril do ano passado, com vistas a assegurar ressarcimento ao erário no âmbito da operação Sodoma 2, em que Nadaf é réu e delator juntamente com o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e outros, por conta da acusação de compra de terreno de R$ 13 milhões na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, com dinheiro ilícito, oriundo de propinas recebidas de empresários que mantinham contratos com a Secretaria de Estado de Administração (SAD), atual Secretaria de Estado de Gestão (Seges).
Nessa mesma medida cautelar, já foi possível obter mais de R$ 743,4 mil com o leilão de gados adquiridos de forma irregular (sem nota fiscal) por Pedro Nadaf junto ao ex-secretário de Estado de Administração e delator da Sodoma Cézar Roberto Zílio. O leilão do gado foi realizado em agosto do ano passado.


