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Analista político aponta que abstenção tende a crescer nesta eleições

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O descontentamento do eleitorado com a classe política elevará ainda mais um número nas eleições deste ano, o de abstenções. O desgaste crescente dos políticos, gerado por processos como a Operação Lava Jato, que tem atingido os mais variados partidos políticos, mostrando um sistema corrompido, e a falta de avanços nas reivindicações das grandes manifestações desde 2013 são fatores que farão com que uma parcela significativa do eleitorado deixe de comparecer às urnas neste domingo (2).

Para o analista político Onofre Ribeiro, a abstenção está ligada à negação popular. “O grande problema é que o raciocínio de quem deixa de votar está errado, porque a política, a boa política, é uma atividade necessária”. Para ele, a classe política contribuiu para este quadro, uma vez que faltou o uso de uma linguagem nova, que traduzisse as mudanças da sociedade. “Neste sentido, em Cuiabá, a grande surpresa para mim foi o Renato Santtana (REDE). Ele foi o único que falou de conectividade, de participação efetiva da sociedade e trouxe propostas novas para velhos problemas. Isso é uma nova linguagem”.

No mesmo caminho, o analista político João Edisom de Souza acredita que o desinteresse do eleitorado com a disputa, traduzido pelo alto índice de abstenções, tem muito a ver com a cultura do brasileiro, em geral. “Priorizamos muito mais o direito do que a democracia”.

Para ele, a sociedade acaba se afastando do processo democrático, que envolve discussões, divergências, acordos e respeito à vontade da maioria porque “democracia dá muito trabalho”. “As pessoas, pelo que vimos nas manifestações, em um número considerável de pessoas, preferem um ditador a definir seus rumos. Isso é muito mais cômodo para elas”

Edisom não acredita em uma mudança na cultura do eleitorado em um curto prazo e prevê que o desinteresse ainda não chegou no fundo do poço. “Vai ser preciso eleger um louco, alguém sem nenhuma condição de governar, para que este interesse volte e as discussões passem a ocorrer. Ainda vamos piorar um pouquinho mais antes de melhorarmos”.

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