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Ana Riva volta a negar liberação irregular de documentos do Ibama para madeireiras

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A ex-chefe do Ibama, Ana Luisa Mancini da Riva, presa pela Polícia Federal na operação Curupira, no último dia 2, junto com mais uma centena de pessoas, suspeitas de participarem de uma grande quadrilha que lesou o meio ambiente em quase 1 bilhão de reais, chegou a Alta Floresta. Ontem ela deu entrevista na emissora de rádio pertencente à família e negou participação no esquema que visava a venda de ATPFs (Autorização para Transporte de Produtos Florestais) por até 2.000 reais. Ana Da Riva também negou que tivesse sido indiciada pela polícia federal por participação no esquema.

Durante praticamente todo o programa jornalístico da emissora, Ana da Riva falou do trabalho que desempenhou a frente do órgão em Alta Floresta e Sinop. Ela também negou que tivesse partido dela a identificação de 138 madeireiras fantamas, para o PF. No entanto, Ana Da Riva revelou que a sua prisão pela PF se deu em função de que, quando ainda chefe do Ibama em Alta Floresta, supostamente ela tenha liberado ATPFs para empresas que não existia. Ana Da Riva se defende dizendo que quando assumiu o escritório de Alta Floresta existiam 374 empresas cadastradas no sistema do Ibama, todas com nota fiscal, CNPJ, alvarás e ainda estavam movimentando junto ao Ibama. Ela disse que não havia como saber que empresa era fantasma pois todas tinham documentação para funcionar normalmente.

“A acusação que pesa é de que eu liberei para algumas empresas que eram fantasmas. Com certeza, se eu liberei, não sabia se aquela empresa era fantasma”, afirmou a ex-chefe do Ibama. Ana Da Riva explicou que durante sua estada à frente do órgão, assinou um termo de cooperação técnica entre Ibama, Receita Federal e Exatoria com o objetivo de identificar as empresas fantasmas. “Neste trabalho, que demorou seis meses, nós identificamos 138 empresas que não existiam”, disse, confirmando a versão publicada na semana passada pelo site 24 Horas News.

A prisão – Durante a entrevista cedida à emissora familiar, Ana Da Riva revelou como teria acontecido a sua prisão. Ela disse que por volta das 7 e meia da manhã fora informada de que seu superior, o ex-superintendente do Ibama Hugo Werle, havia sido preso pela PF. Sua primeira ação foi ligar para o Ibama em Cuiabá para comunicar o que estava ocorrendo, foi quando foi informada que algumas pessoas haviam sido presas em Cuiabá também. Ana da Riva disse que foi normalmente para seu trabalho no escritório regional e por volta de meio-dia os policiais federais fizeram a sua detenção. “Eu tava lá trabalhando, tranqüilamente, sem qualquer suspeita de que eu estaria também sendo levada”, comentou Da Riva.

No site Só Notícias, no entanto, a informação da prisão de Ana Da Riva foi publicada às 10h:42 min da manhã do dia 02, cerca de uma hora antes do horário divulgado por Ana Da Riva.

Ana Da Riva disse que se sentiu apunhalada pelas costas pelo próprio Ibama. “Nós estamos ainda numa fase de inquérito, os fatos ainda vão ser esclarecidos, as pessoas vão ser denunciadas pelo Ministério Público, ou não, então ainda nós vamos ter o desenrolar dos fatos, eu não tô aqui para falar que eu sou inocente, os próprios fatos vão falar quem é e quem não é inocente, agora eu saio dessa experiência com uma profunda descrença no Estado Brasileiro”, revelou.

Na semana passada o locutor Cícero Tavares chegou anunciar que Ana Da Riva iria dar uma entrevista coletiva à imprensa. Ela ainda não aconteceu. Esta matéria tem como base a entrevista cedida por Ana Da Riva à rádio Progresso, que pertence a sua família. Ontem nosso departamento de jornalismo tentou contato com Ana Da Riva, mas a ex-chefe do Ibama não foi encontrada.

Como informação, o processo que apura o envolvimento das pessoas, está em fase de Instrução (quando a polícia irá produzir as provas) e até o fechamento desta edição nenhum dos envolvidos havia sido indiciado pela Polícia Federal.

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