Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão negociando com a Polícia Federal e a Justiça Federal como deve ocorrer a prisão do ex-presidente. Hoje, haverá missa em memória da esposa de Lula, Marisa Letícia, que comemoraria 68 anos na data. Somente após a missa é que a prisão deve ocorrer.
A Agência Brasil conversou com diversos apoiadores de Lula que circulam desde quinta-feira pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e falaram sobre a negociação para que a prisão ocorra somente depois da missa.
Eles disseram ainda que já houve o ato político pelo fato de o ex-presidente não ter se apresentado à Polícia Federal dentro do prazo estipulado por Moro. Na ordem de prisão, Moro informou que o ex-presidente poderia se apresentar voluntariamente até as 17h de ontem à Polícia Federal em Curitiba.
Ontem, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "permanecerá junto com a militância" na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP) e que "exerceu a opção" de não se apresentar à Polícia Federal em Curitiba.
"Eu queria deixar claro que não há por parte do presidente Lula nenhum descumprimento da sentença do mandado de prisão expedido pelo juiz Sérgio Moro. Ele tinha a opção dada pelo juiz de ir até Curitiba. Não exerceu essa opção", disse Gleisi.
Os militantes continuam do lado de fora do sindicato em vigília.