O advogado Rodrigo Mudrovistchi afirmou, há pouco, ao Só Notícias, que o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, preso desde fevereiro, em Cuiabá, não fará acordo de delação premiada para ser solto. "Não é possibilidade cogitada. A nossa visão é a de que os fatos narrados pelo Ministério Público imputados ao ex-deputado não existiram. As provas anexadas constatam que as empresas existem, que os suprimentos comprados (pela Assembleia) foram entregues aos deputados. Por isso, não vemos sentido de cogitar a questão da delação premiada porque as acusações não correspondem a luz da realidade", afirmou. Nas últimas horas surgiram rumores que Riva estaria disposto a fazer delação premiada para que fosse colocado em liberdade. O ex-deputado responde a cerca de 100 ações cíveis e criminais acusado de improbidade administrativa.
O advogado disse ainda que, nos próximos dias, será julgado no Superior Tribunal de Justiça o habeas corpus de Riva. Até agora, foram negadas algumas liminares para ele ser solto. "Encaramos com naturalidade as decisões do STJ e Tribunal de Justiça tomadas até agora. É preciso esclarecer que o STJ não julgou habeas corpus e acredito que o STJ terá motivos de sobra para reconhecer o motivo da prisão. As negativas são de liminares e o mérito será julgado agora", acrescentou Rodrigo. Ele não mencionou detalhes das estratégias da defesa no mérito do HC que será apreciado pelos ministros.
Riva foi preso na Operação Imperador, por ordem da justiça estadual, (em ação movida pelo Ministério Público) acusado de suposto desvio de R$ 62 milhões na compra de materiais de expediente pela Assembleia Legislativa. É acusado de peculato e formação de quadrilha. Mais 15 pessoas são investigadas.
Há poucos dias, Riva deixou o centro de detenção em Cuiabá e, algemado, compareceu a uma audiência sobre pensão alimentícia, em Cuiabá. Em seguida, voltou para a cela.