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Advogado deve ingressar com medida para reverter prisão de Silval Barbosa

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O advogado Francisco Faiad afirmou que deve ingressar, ainda hoje, com um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça para o ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A medida é uma tentativa de evitar a prisão do ex-gestor estadual por parte de uma força-tarefa, composta por policiais militares e civis. Silval está com um mandado de prisão preventiva decretado pela Justiça e é considerado foragido, desde ontem à tarde, quando foi deflagrada a operação Sodoma.

Faiad disse que a defesa do ex-gestor ainda não teve acesso ao inquérito. Ao MidiaNews, o advogado, que também foi secretário na gestão anterior, criticou o fato de Silval ser considerado “foragido”. "Isso é precipitado. Ele não foi encontrado à tarde, em sua residência, e já é considerado foragido?".

O advogado confirmou a versão apresentada pela assessoria de Silval, de que o mesmo iria comparecer à Assembleia Legislativa para dar seu depoimento à CPI da Sonegação Fiscal. No entanto, teria sido avisado que não haveria mais a sessão da comissão e preferiu aguardar uma nova data.

Conforme Só Notícias já informou, os ex-secretários de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel de Cursi, foram detidos. Além das prisões, a força-tarefa cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nas residências de Silval, Nadaf e Cursi, além de familiares destes.

Os três ex-gestores são acusados de integrarem uma organização criminosa composta por agentes públicos que ocuparam cargos do alto escalão do governo do Estado nos anos de 2013 e 2014, na administração do ex-governador Silval Barbosa, e apura crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Os crimes estariam ligados à concessão de benefícios fiscais para empresas no Estado.

Ao prestar depoimento à Delegacia Fazendária (Defaz), o empresário João Batista Rosa, sócio proprietário do Grupo Tractor Partes, confirmou ter pago R$ 2,6 milhões para obter o benefício. Segundo ele, após pagar a propina milionária, o benefício foi concedido pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Sicme), pasta que era comandada pelo ex-secretário Pedro Nadaf.

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