O empresário Luiz Antônio Trevisan Vedoin, sócio proprietário da Planam, foi solto ontem. No início da noite ele deixou o anexo 1 do presídio Pascoal Ramos, conhecido também como Polinter, após 45 dias de prisão. A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF), deferiu o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa. De acordo com A Gazeta, ele saiu dirigindo o próprio automóvel, modelo Corola, que chegou ao local conduzido pela esposa Hellen Paula Duarte Sirineu.
Vedoim estava preso desde setembro, quando foi flagrado negociando com a direção nacional do PT a venda do dossiê antitucanos, o que lhe fez perder o benefício da delação premiada. O advogado dele alegou que as supostas provas que fundamentaram a prisão do sócio-proprietário da Planam já eram de conhecimento da Justiça. Por isso, ele não poderia ser preso por ocultação de documentos.
Luiz Antônio era o único entre os envolvidos no “dossiêgate” que permanecia preso. Assim como ele, o ex-policial Gedimar Passos e o petista cuiabano Valdebran Padilha também foram detidos no dia 15 de setembro. Eles estavam no hotel Ibis, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo e admitiram envolvimento na negociação. Paulo Roberto, tio de Luiz Antônio, foi detido na noite do dia 14, quando embarcava de Mato Grosso para São Paulo com o suposto dossiê que envolveria tucanos com a máfia dos sanguessugas. Antes de ser preso por negociar o dossiê antitucanos, Luiz Antônio já havia ficado atrás das grades por envolvimento com a venda de ambulâncias com preço superfaturado.
