O senador Jaime Campos (DEM) desafiou “qualquer pessoa sensata” a provar que algum dia ele tenha pedido a órgãos públicos a titulação de terras públicas devolutas. Ele considerou uma leviandade a afirmação de uma senhora, em gravação telefônica grampeada, de que teria feito tráfico de influência. A conversa consta de documentos da Operação Lacraia, da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha especializada em conseguir a titulação de terras devolutas.
Jaime Campos recebeu a solidariedade de senadores, em apartes. Alguns deles afirmaram que a conversa obtida da gravação telefônica não passa de “maledicência” e “fuxico”.
“O absurdo, no entanto, é subtrair de um diálogo telefônico despretensioso qualquer suposição de minha atuação no tráfico de influência junto a credenciados organismos da justiça brasileira, como o Superior Tribunal de Justiça. A conversa entre dois personagens sem importância nesta trama, que citam indevidamente meu nome, motivou o enredo de uma obra de ficção frágil e mal elaborada.
Pura elucubração. Devaneio de quem enxerga sombra no próprio horizonte. Pura infâmia, um crime contra a honra”, defendeu-se Jaime.
17 senadores manifestaram solidariedade a Jaime. Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) chegou a dizer que era desnecessário o discurso em defesa de sua dignidade, porque “o Senado conhece a história de Jaime Campos”. Além do senador baiano, também se manifestaram os senadores: Walter Pereira (PMDB-MS), Jonas Pinheiro (DEM-MT), José Agripino Maia (DEM-RN), Demóstenes Torres (DEM-GO), Edson Lobão (DEM-PA), Serys Slhessarenko (PT-MT), Romero Jucá (PMDB-RR), Eduardo Azeredo (PSDB-MG), Eduardo Suplicy (PT-SP), Augusto Botelho (PT-RR), Mão Santa (PMDB-PI), Cristóvão Buarque (PT-DF), Aldenir Santana (DEM-DF), Garibaldi Alves (PMDB-RN) e Raimundo Colombo (DEM-SC).