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Ações de segurança em MT tem apenas uma meta praticada

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Lançado em abril pelo Governo do Estado como plano emergencial, o Programa de Ações de Segurança (PAS) tem 15 pontos considerados prioritários para combater os índices de criminalidade em todo Estado. Até o momento, porém, não existe orçamento previsto, tampouco cronograma para que pelo menos 12 pontos comecem a funcionar. Os estudos e diagnósticos da situação ainda não foram concluídos, a mão-de-obra para operar o planejamento ainda aguarda ser chamada pelo último concurso público e, mesmo assim, a ideia do Governo é fazer com que até o final do ano ele esteja funcionando. E com resultados.

Que a segurança pública é um gargalo das administrações públicas em todo país, todos sabem. E que o tráfico de drogas é seu tronco alimentador, idem. Em Mato Grosso, no entanto, ele ganha conotações proporcionais ao tamanho do território, que é o 2º maior do país.

"Sabemos que apreender 2 kg de droga aqui é fichinha; tiramos de letra. Em qualquer outro Estado, porém, isso é motivo para preocupação, inclusive da imprensa". A afirmação é do secretário-adjunto de Segurança Pública, Alexandre Bustamante e explica o foco do PAS.

O PAS tem como objetivo número 1 coibir o tráfico doméstico, dentro do território de mais de 9 mil km de extensão. E para quem pensa que essa é uma realidade vivida na região metropolitana do Estado, aí vai o alerta. "Hoje esse problema está pulverizado em todo Mato Grosso".

As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 0800653939, 190 e o197. "A Polícia conta com a ajuda da comunidade para fazer esse levantamento".

Diante disso, a força policial concentrará seus esforços em estourar os pontos de distribuição. Eles ainda estão sendo mapeados, mas a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirma que de 3 a 4 bocas-de-fumo são "estouradas" por dia, desde o lançamento do programa. Esse é um dos pontos que está em pleno funcionamento. No primeiro dia da operação foram fechadas 18 bocas-de-fumo. Na sexta-feira, mais 13.

Gefron – A ação número 2 do plano de segurança prevê o fortalecimento do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), criado em 2002 para combater a entrada do entorpecente no território mato-grossense. Para isso, está garantido, para julho, um aporte de R$ 6,5 milhões do Governo Federal que transformará o grupamento em Policiamento Especializado na Fronteira (Pefron). A ideia, segundo a Sejusp, é fazer uma ação conjunta com as Polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal nos 700 km de fronteira seca do Estado.

Com a diminuição da oferta de droga no mercado e a consequente alta no preço, a Sejusp se prepara para o aumento do número de roubos e furtos, que está contemplado no ponto 3 do programa. Policiais agirão em barreiras móveis no entorno da região metropolitana para coibir o roubo de veículos.

A partir do 4º ponto do programa, o futuro da segurança em Mato Grosso é incerto. A garantia de uma viatura da Polícia Militar (PM) nas escolas com maior fluxo de alunos, durante os horários mais movimentados, já começou a funcionar. Entretanto, o procedimento nas dependências internas ainda depende da adesão de policiais civis aposentados. Ainda não se sabe quantas vagas seriam abertas para a função, mas Bustamante acredita que haverá muitos voluntários. "Não se trata de adesão à lei que cria a prerrogativa de retorno dos policiais civis aposentados. Serão novos cargos à parte".

O programa foi uma determinação do Governo para área de segurança, segundo o secretário-adjunto e pretende ser colocado em funcionamento por meio de parcerias com outras secretarias e o Governo Federal. "Acreditamos em uma resposta de controle que deverá ser encampada também pelo próximo governo".

 

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