Acabou o impasse sobre a ocupação do antigo prédio da Assembléia Legislativa. Depois de muitas negociações e algum tumulto, os vereadores de Cuiabá decidiram deixar as dependências do Palácio Filinto Müller. Como exigência, pela porta de frente e junto com o prefeito Wilson Santos e demais deputados. A desocupação ocorreu pouco menos de 24 horas após a ocupação, ocorrida no começo da tarde de quinta-feira.
Sobraram promessas nas negociações. A principal delas partiu do governador Blairo Maggi. Através do secretário-chefe da Casa Civil, Luís Antônio Pagot, Maggi mandou dizer que está disposto a ajudar o Legislativo de Cuiabá a construir a sede própria. Atualmente, a Câmara paga aluguel ao Ministério da Fazenda para ocupar um edifício na Avenida Getúlio Vargas. Uma das sugestões é construir a sede nas imediações do Parque Mãe Bonifácia.
Além disso, um argumento considerado forte foi usado pelos negociadores: os custos para manutenção do Palácio Filinto Müller. Especialmente no que se refere a energia elétrica. Além disso, de acordo com o deputado José Riva (PP), só em reformas são nececessários R$ 1,5 milhão. “O duodécimo da Câmara, pelo que sabemos, será insuficiente” – frisou.
Ficou acertada uma reunião na próxima quarta-feira, às 16h30, no gabinete do governador Blairo Maggi. Exatamente como o governador havia proposto inicialmente. Na quinta-feira pela manhã, Maggi se recusou a receber a comissão de vereadores de Cuiabá para tratar do assunto. Em represália, aconteceu a ocupação do prédio.
No acordo com os vereadores, ficou combinado ainda que as dependências do Palácio Filinto Müller não serão ocupadas novamente. A idéia dos deputados e vereadores é chegar a um entendimento satisfatório. O prefeito Wilson Santos, juntamente com os vereadores, sairam carregando a bandeira de Cuiabá, com o grito de “Cuiabá, Cuiabá, Cuiabá”.