Agentes da Agência Brasileira de Informação (Abin) estiveram filmando e fotografando o Leilão Jonas Pinheiro, que aconteceu no último dia 25, na abertura da 43ª Exposição Internacional, Agropecuária, Industrial e Comercial de Mato Grosso, no Parque de Exposições de Cuiabá. Segundo fontes, a medida foi tomada motivada pelo “efeito Renan Calheiros”, que tentou provar que pagava suas despesas pessoais – entre as quais, uma pensão alimentícia para uma filha da relação extra-conjugal com a jornalista Mônica Veloso – com negócios pecuários.
A Abin quer chegar informações de que Pinheiro não estaria fazendo as suas declarações devidamente. Bem como se suspeita do que acontece com o colega Calheiros – já batizado como o “Rei do Gado”. Renan Calheiros teria apresentado notas de empresas inativas e guias falsas de vacinação e transporte de gado para justificar sua renda. O senador alegou que teria sido envolvido em um esquema de empresas de fachada montado por um grande frigorífico de Alagoas.
Em 2006, o faturamento do leilão promovido por Jonas Pinheiro foi de R$ 1,3 milhão. Neste ano, a expectativa era ainda maior. A apresentação de 41 lotes rendeu exatos R$ 890 mil, para a média de R$ 21.707,00. Foram para a pista do Centro de Eventos da Acrimat 21 fêmeas pela média de R$ 21.905 e 20 prenhezes pela média de R$ 21.500. O lance de maior valor saiu para 50% da doadora Editora da IF, oferta do convidado Argeu Fogliatto que, além dela, vendeu mais 1 animal e dois prenhezes. O lance foi fechado pela Agropecuária Pinguim, de Arlindo Bernardim.
Na linha de encerramento da carreira política, com dois mandatos de senador, Jonas Pinheiro tem vivido uma espécie de “inferno astral”. Começou com o envolvimento da sua esposa, a ex-deputada federal Celcita Pinheiro, na “Máfia das Ambulâncias”. Não reeleita, Celcita agora é secretária de Bem-Estar Social da Prefeitura de Cuiabá. Posteriormente, o nome do senador apareceu nos apontamentos da empreiteira Gautama – o que ele negou de forma veemente.