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4 secretários devem sair do governo Blairo

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Quatro secretários vão deixar o Governo até o dia 31. São eles: Ana Carla Muniz, de Educação; Yênes Magalhães, de Planejamento; Baiano Filho, de Esportes e Lazer; e, Luiz Antônio Pagot, chefe da Casa Civil. Alguns sairão porque vão ser candidatos nas eleições de outubro ou estarão envolvidos diretamente nela, como é o caso de Ana Carla, Baiano e o próprio Pagot. No caso de Yênes, para abertura de espaço no Governo. PMDB, o PL e o PTB, que se mostram teoricamente divididos quantos a entrarem no projeto da reeleição, deverão ter prioridade nas indicações.

Ou seja: o governador vai usar todos os artifícios necessários para construir a maior aliança possível para sustentação de seu projeto a reeleição. Inclusive, os cargos que dispõe no momento. Ainda não existem nomes definidos, mas é certo que os líderes partidários serão chamados para a composição governamental. “Não é uma reforma” – apressou-se a explicar um assessor palaciano. “Com as eleições, haverá espaço no Governo e esses partidos terão a oportunidade de participar da administração. Em troca, apoiarão, evidentemente o projeto da reeleição”.

No PMDB, o maior entrave continua sendo o ex-senador Carlos Bezerra. Presidente do partido no Estado, Bezerra comanda a sigla com uma espécie de “mão de ferro”. São políticos como ele – cuja palavra tem força de articulação – a que se atribui o termo “cacique” partidário. O dirigente é considerado uma das “últimas raposas” da política local. Ao perceber a fragilidade do PMDB diante do processo sucessório – inclusive no tocante ao cenário nacional – Bezerra procurou velhos adversários, como Welington Fagundes, do PL, e Ricarte de Freitas, do PTB, para formar uma espécie de frente para disputar a eleição. Para “engrossar” mais o diálogo, vem incentivando o deputado José Carlos do Pátio a se lançar como candidato ao Governo sem nada a perder.

A estratégia do PMDB de Bezerra, até aqui está dando certo. O partido pode, além de ganhar cargos importes no Governo, conquistar ainda a vaga de senador dentro da aliança, com Silval Barbosa, atual presidente da Assembléia Legislativa. “Silval é o moço dos olhos do governador” – contou um político influente. Silval, em verdade, é quem vem atenuando os “embaraços” políticos proporcionados por Bezerra. A participação do PMDB na chapa, porém, depende dos entendimentos em torno da aliança nacional. Hoje, queira ou não, o que vale é a regra da verticalização. O partido está dividido entre candidatura própria e apoio ao presidente Lula.

No grupo governista, a estratégia continua sendo a de eliminar “barreiras” que possam atrapalhar a reeleição de Maggi. Por isso, o PL acaba sendo importante. O partido tem vários caminhos a seguir, podendo se aliar ao PSDB ou ao PT. Mas uma parte da sigla acha que pode apoiar a reeleição. Ainda mais se tiver participação no Governo. O problema maior continua sendo o líder Welington Fagundes, que até hoje não digeriu a segunda derrota na disputa pela Prefeitura de Rondonópolis, agora batido pelo empresário Adilton Sachetti, do PPS, apoiado por Maggi. Já o PTB de Freitas tende a apoiar o Governo ou fechar com o PSDB numa espécie de “chapão”.

O uso de cargos na busca de composições coloca, também, o PFL na linha dos entendimentos. A princípio, mesmo com o partido praticamente afastado da aliança em função da reivindicação – não passível de ser atendida – de Jaime Campos para a vaga ao Senado Federal, os líderes partidários serão mantidos em seus cargos. Mesmo que o projeto de Campos seja levado adiante, muitos expoentes partidários estariam comprometidos na reeleição do governador.

Maggi tem “carta branca” do PPS para abrir entendimentos com as siglas partidárias. A começar pela definição da chapa majoritária. “Ele vai compatibilizar as duas situações” – disse um assessor palaciano, ao confirmar a saída dos quatro secretários. “Daqui até o dia 31 é possível que outras vagas sejam abertas no Governo, ampliando o poder de negociação”. Além de ocupar cargo nos nove meses que restam até a “virada de Governo”, Maggi deverá negociar posições futuras – o que é mais complicado.

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