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Vítimas de feminicídios deixaram 36 filhos órfãos em Mato Grosso, segundo Polícia Civil

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

O levantamento da análise “Mortes Violentas de Mulheres e Meninas em Mato Grosso”, produzido pela Polícia Civil de Mato Grosso, apontou que trinta e seis filhos perderam as mães assassinadas no primeiro semestre deste ano. Quatro ficaram órfãos de mãe e pai. Das 18 vítimas de feminicídios que morreram no estado, pela condição de ser mulher ou em decorrência de violência doméstica, 15 delas tinham filhos com seus algozes. 

Conforme o relatório, seis mulheres foram mortas na frente dos filhos. Uma delas foi Emilly Bispo da Cruz, de 20 anos, foi morte a golpes de faca na manhã do dia 16 de março, no bairro Pedra 90, quando estava a caminho da escola do filho. Ela foi abordada pelo ex-namorado, que a golpeou na frente da criança de 4 anos e depois fugiu em uma motocicleta. A vítima foi encaminhada a uma unidade de saúde, onde foi tentada a reanimação a fim de transferi-la ao Hospital Municipal, contudo, Emilly não resistiu aos ferimentos. O suspeito foi preso pela Polícia Civil horas após o assassinato. Ele teve um relacionamento com a vítima e não aceitava o término. 

Em Sinop, Maria Helena Pereira dos Santos Resende, de 47 anos, estava em uma festa quando seu ex-namorado chegou ao local nervoso e, de forma insistente, exigiu que a vítima ficasse em sua companhia, mas ela disse que não tinha mais nada com ele. 

O investigado, 44 anos, permaneceu no local e após consumir bebida alcoólica, mais uma vez tentou se aproximar da vítima, sem sucesso. Armado com uma faca, ele atacou Maria Helena, que não teve chance de defesa, e atingiu no abdômen e fugiu. Maria Helena foi socorrida ainda com vida ao Hospital Regional de Sinop, mas morreu uma semana depois. O autor do feminicídio foi preso no final de maio pela Polícia Civil. 

Outra criança, também de quatro anos, ficou sem a mãe no interior do estado. Em Mirassol d’Oeste, Lorrayne Batista de Carvalho foi morta no dia 02 de fevereiro a golpes de faca, na quitinete onde morava com o companheiro, de 19 anos. 

Conforme a investigação, o autor do crime tinha histórico de violência doméstica contra a vítima e premeditou o homicídio. Um dia antes de cometer assassinar sua companheira, o suspeito pediu demissão da empresa em que trabalhava e pegou o dinheiro da rescisão. Ele foi preso na cidade de Porto Esperidião, cinco dias depois. 

As informações são da assessoria da Polícia Civil.

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