O vereador Francisco Amorim, o “Chico 2000” (PR), se apresentou na sede da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), esta tarde. Ele estava com um mandado de prisão temporária (30 dias) expedido pela Justiça da capital acusado de abusar sexualmente da enteada de 11 anos.
A prisão dele foi decretada no último domingo e os policiais da delegacia tentaram realizar o cumprimento, esta manhã. Porém, o parlamentar não foi encontrado em sua residência e nem na Câmara de Cuiabá. Por conta disso, era considerado foragido.
Na entrada da delegacia, o parlamentar afirmou que não iria comentar o caso por se tratar de uma menor e para preservar a garota. Depois de passar por exame no Instituto Médico Legal (IML), Chico será encaminhado ao Centro de Custódia da capital.
Em entrevista anterior, o parlamentar negou que tenha abusado sexualmente da enteada. Ele alegou que a acusação feita pela vítima, com apoio de uma tia paterna, "não passa de uma história mentirosa e vergonhosa". "Ela tem acesso à internet, a redes sociais, é uma menina que, apesar da idade, de besta não tem nada e de forma maldosa aprontou este circo, este teatro comigo", disse, na oportunidade.
De acordo com o registro policial, a menina foi molestada durante a festa de aniversário da mãe dela, noiva do vereador, no dia 13 de outubro deste ano, um churrasco na casa do parlamentar. A enteada alega que não revelou o ocorrido no dia da festa para não "estragar" as comemorações.
O vereador também nega que tenha passado a mão na barriga e nos seios da menina para convencê-la a ficar na festa, já que estava manifestando desejo de ir embora. "Entrei no quarto e eu mesmo pedi à minha noiva para ficar do lado de fora, porque ela já tinha tentado conversar com a filha que estava deitada na cama, vestida, com calça jeans. Eu sentei na beirada da cama, batendo nas costas dela, dizendo que essa situação entristecia a mãe dela, que era aniversário dela".