Mais de 10 pessoas que tentaram resistir, hoje (primeiro dia de desocupação da terra indígena na Gleba Siuá Missu), ficaram feridas quando tentaram impedir que as forças de segurança entrassem em uma área e iniciasse o processo de retirada das famílias que estão ocupando o local há anos. Um dos feridos superficialmente é policial. Eles foram até a entrada da fazenda de Antonio Manedi Jordão, de 64 anos, e tentaram impedir a entrada da polícia, quando iniciou o conflito. Foram disparados tiros de borracha e jogadas bombas de gás lacrimogênio.
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Mesmo com o primeiro conflito, o trabalho da Força Nacional de Segurança vai continuar. Houve várias tentativas políticas para fazer o governo federal adiar o cumprimento da ordem judicial, além de pedidos ao Supremo Tribunal Federal, mas o plano de desintrusão da área indígena foi mantido. Um levantamento aponta que seriam cerca de 900 “fazendas” a serem desocupadas.
A área de 165 mil hectares, divididos em várias fazendas, fica no nordeste de Mato Grosso entre os municípios de Alto Boa Vista, São Félix do Araguaia e Bom Jesus do Araguaia.
O Exército e demais equipes da Força Nacional de Segurança está com base montada na região para cumprir a retirada dos ocupantes. Muitos prometem resistir e o clima continua tenso.
(Foto: José de Medeiros/Foto da Terra)