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Trio é condenado por assassinato de adolescente em Cuiabá

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O tribunal do júri condenou os acusados da morte da estudante Maiana Mariano Vilela, 16 anos. Rogério Silva Amorim, 42, apontado como o mandante do crime pegou uma pena de 20 anos e 3 meses de reclusão em regime inicialmente  fechado. Paulo Ferreira Martins, 45, foi condenado a 18 anos e 9 meses pela execução do homicídio. Carlos Alexandre da Silva, 33, condenado apenas pela ocultação do corpo, teve pena de 1 ano e 6 meses, a ser cumprida em regime aberto.

O assassinato ocorreu em 21 de dezembro de 2011 e o corpo foi localizado enterrado, cinco meses depois, em uma chácara na região da Ponte de Ferro, no Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Segundo o promotor de Justiça, Jaime Romaquelli, o crime foi perpetrado mediante paga ou promessa de recompensa, com recurso que dificultou a defesa da vítima Maiana.

A sessão iniciou ontem, e foi presidida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá.

A investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), aponta que Paulo Ferreira foi contratado por Rogério para matar a jovem. Rogério que se relacionava com Maiana há cerca de um ano, disse que estava sendo extorquido por ela e seus familiares. No júri, Paulo assumiu sozinho o crime em plenário, acusando apenas Carlos Alexandre de ter atuado na ocultação do cadáver. Em depoimento, disse que Rogério não sabia de nada.

A defesa de Carlos Alexandre, sustentou a negativa de autoria do homicídio e pediu a condenação apenas pelo crime de ocultação de cadáver. Mas, para o Ministério Público, Rogério praticou o crime por motivo torpe por se tratar de crime de encomenda. Preparou e participou diretamente da execução do crime, mandando a vítima ao encontro dos seus assassinos, dificultando a defesa da vítima e o meio cruel, pois sabia as circunstâncias em que ela seria morta.

Maiana foi morta por asfixia em uma chácara localizada no bairro Altos da Glória. Porém, os restos mortais dela só foram encontrados no dia 25 de maio de 2012. Segundo o processo, o crime foi cometido por Paulo e Carlos Alexandre, contratados por R$ 5 mil. Rogério e a esposa Calisangela Moraes de Amorim seriam os mandantes, motivados por um relacionamento extraconjugal entre ele e a adolescente de 17 anos.

No dia do assassinato, Rogério pediu que Maiana fosse até o local entregar dinheiro ao chacareiro. Ao chegar lá, a vítima foi rendida pelos executores, que anunciaram um assalto. Ela foi asfixiada com um pedaço de pano e o corpo abandonado em um matagal. A ossada da vítima foi encontrada cinco meses depois.

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