A servidora Michelly Nataly Raizer Dias presa em Mirassol D"Oeste na Operação Saúde, da Polícia Federal, é a primeira a conseguir liberdade por meio de um habeas corpus, dois dias após a deflagração da operação para desmantelar organizações criminosas, que agiam em sete estados, incluindo Mato Grosso. O HC foi concedido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. A decisão abre brechas para que novas ordens de soltura sejam expedidas nas próximas horas com a mesma fundamentação.
Conforme a defesa da servidora, ela foi presa na capital no momento em que realizava uma consulta médica. Entretanto, a defesa não informou quais são as acusações que pesam contra ela. A PF também não passou detalhes sobre os supostos crimes praticados pelos 19 servidores com mandados de prisões na operação em Mato Grosso. Sabe-se apenas que são acusados de fraudarem licitações públicas e desviarem verbas destinadas pelo governo federal para a compra de medicamentos que seriam distribuídos ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica, conhecido popularmente como Farmácia Básica. A forma como cada um agia individualmente não foi divulgada.
Assim, a defesa defende que a prisão temporária foi decretada de maneira genérica, sem indicar qualquer conduta a evidenciar que, solta, Michelly pudesse prejudicar a colheita de provas ou influeniar negativamente no resultado da operação.
A Justiça Federal do Rio Grande do Sul foi quem decretou a prisão de 64 pessoas, entre elas 34 servidores públicos e 12 secretários municipais de sete estados brasileiros. Até a tarde de terça-feira (17) em Mato Grosso a PF continuava procurando os foragidos Gercílio Mendes da Silva (de Lambari D‘Oeste) e Marcos Sousa Ferreira (de São Félix do Araguaia). Até então tinham sido presas 18 pessoas foram presas em 12 municípios do Estado.