Treze fracos de veneno com suspeita de falsificação foram apreendidos em Tabaporã (região Norte). A comprovação da adulteração ou falsificação foi feita por um laboratório de análise, que informou que o produto de uma fabricante apresentava apenas 30 g/l do princípio ativo que deveria ser de 480 g/l.
De acordo com o delegado Claudemir Ribeiro de Souza, as investigações para apurar os fatos iniciaram na terça-feira (11), após a delegacia ter sido procurada por produtores da região para registrar boletim de ocorrência contra uma empresa, que oferecia insumos agrícolas para combater lagarta. “A empresa forneceu laudo dizendo que o produto era bom. Mas um novo laudo foi feito e apresentou que o princípio ativo deveria ter 480 g/l e tinha apenas 30 g/l, por isso não fazia efeito nenhum”, explicou o delegado.
O consultor de vendas foi localizado no Distrito de Nova Fronteira, em Tabaporã, e no veículo que utilizava para visitar as lavouras de soja na região. Com ele, os policiais encontraram quatro frascos de um litro do veneno Belt, fabricado pela Bayer, do mesmo lote de produtos reclamado pelos produtores.
O consultor também estava na posse de um revólver calibre 38, carregado, com cinco munições intactas. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, recolhido fiança e liberado.
Conforme o delegado, os produtos suspeitos de adulteração serão encaminhados para análise na Pericia Oficial e Identificação Técnica (Politec). “Se provado a adulteração, o consultor de vendas e seus coautores serão indiciados pelo crime de falsificação de produtos agrícolas”, disse Claudemir Ribeiro.