A prefeita eleita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira (PSDB), afirmou que deve se reunir com o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, em busca de ficar a par das consequências que a próxima gestão deve sofrer com a negativa nas contas da gestão de 2015 e com a determinação de intervenção no Município e a instauração de uma Tomada de Contas.
“É uma situação bastante grave porque se trata de prestação de contas de 2015. Vamos marcar uma reunião com o presidente do TCE, para que possamos entender o que isso vai trazer de consequência para a nova administração”, disse a tucana.
Oliveira afirma que a intervenção do TCE pode ajudar a equipe de transição que vem tendo problemas para conseguir documentos da atual gestão. “Acho que seria o caso do atual prefeito assumir a responsabilidade de encaminhar todos os documentos que vem sendo solicitados pelo Tribunal. Nós que estamos no processo de transição temos dificuldade no levantamento de dados. E com esse processo de intervenção ficamos sabendo que ele também não tinha a prestação de contas de 2015. Mas essa ação do Tribunal pode nos beneficiar para recolher os documentos que nós também precisamos”.
A prefeita realça que caso seja mantida a negativa nas contas, será necessário uma alternativa para que o município não seja prejudicado. “Nós estamos estudando e o ideal, caso isso aconteça, é fazer um termo de ajustamento de gestão com o Tribunal de Contas, pedindo um prazo para que possamos tomar as providencias em termos de encaminhamentos da prestação de contas”.
A principal dificuldade ressaltada pela nova gestora será com a questão contábil, que já está em déficit desde o período de transição. A prefeita ainda afirmou que um enxugamento na máquina será necessário para que a cidade se encaixe na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e para que Chapada tenha mais possibilidades de investimento.
“Não conseguimos informações corretas sobre restos a pagar que caberá a nova administração. Já temos muitos documentos de convênios que não foram prestadas contas. Em termos de pessoal, existe muita gente que está em desvio de função. E nesse momento de crise será obrigatório o enxugamento, tanto nos contratados como nos comissionados. Hoje a folha está além do que é estipulado na LRF. Eu achei que ia enfrentar dificuldade, mas está um pouco além do que imaginei”, disse a prefeita eleita.