Quatro dos cinco menores apreendidos por atear fogo em um andarilho, que acabou morrendo em decorrência das queimaduras, permanecem na Delegacia da Polícia Judiciária Civil de Tangará da Serra. O crime aconteceu sábado de madrugada e no final da tarde os três garotos e uma garota, com idades entre 15 e 17 anos, foram localizados. Eles têm passagens pela polícia por atos infracionais análogos a tráfico de drogas, lesão corporal e latrocínio.
Eles são acusados de aproveitar que o andarilho Firmino Escobar da Silva, 44 anos, estava dormindo em frente uma igreja na cidade para agredi-lo e, não satisfeitos incendiaram a vítima que teve 45% do corpo queimado e acabou morrendo. A vítima foi socorrida com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Corpo de Bombeiros, mas não resistiu às lesões e morreu no hospital.
A delegada de polícia de Tangará da Serra, Nubya Beatriz Gomes dos Reis, informou que uma menina foi liberada por não ter tido participação nas agressões iniciais e nem no incêndio ao andarilho. Segundo a delegada, os quatros menores tinham intenção de matar a vítima, pois somente pararam de agredi-la porque uma viatura policial passava no local. Depois decidiram comprar álcool e colocar fogo na vítima, informa a assessoria da Polícia Civil.
Dos menores envolvidos, um vai responder por tentativa de homicídio por ter participado apenas das agressões e três por homicídio, sendo um deles uma menina de 17 anos, a responsável por comprar álcool em uma garrafa pet, num posto de combustível próximo. Um segundo menor passou o isqueiro e o terceiro adolescente ateou o fogo.
Segundo Nubya, ao serem perguntados sobre a motivação apenas afirmaram que “era porque não tinham mais nada para fazer e deu vontade de matar”. Diante dos fatos, a delegada representou pela internação dos quatro adolescentes, que permanecem na delegacia, aguardando vaga do Sistema Socioeducativo.
A delegada informou que todos os adolescentes também foram autuados por formação de quadrilha. “Eles foram localizados por um conjunto de provas, com o auxílio de imagens e duas testemunhas. Desde o conhecimento do fato estávamos à procura dos adolescentes”, finalizou Nubya.
O corpo da vítima aguarda no necrotério do Instituto de Medicina Legal de Tangará reconhecimento de algum familiar.