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Tangará: delegada cita lesão e criança pode ter morrido de fome e frio

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A Polícia Judiciária Civil investiga as causas da morte de um menino, 2 anos, em um canavial, em Tangará da Serra, a cerca de 2 quilômetros do sítio onde morava com mãe, o padrasto e o irmão, de 6 anos. Laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) não identificou a causa da morte. Mas confirma que o menino apresentava lesões na região anal. No entanto, não informa se as lesões são recentes ou antigas. "Foi constatado a presença de lesões na região anal. Será solicitado maiores informações da morte. Estou aguardando laudo mais detalhado do caso", disse a delegada Liliane Soares Diogo, que preside o inquérito policial.

A delegada cogita hipótese da criança ter sido abusada e deixada sozinha no canavial e, perdida, teria se machucado e morrido de fome ou de frio. A delegada informou ainda, que durante a necropsia foi recolhido amostra do líquido encontrado no ânus da criança, porém, o exame deu negativo para presença de espermatozoide. "A amostra foi enviada ao laboratório de Cuiabá para maior análise", disse.

As investigações iniciaram na segunda-feira, com o registro do desaparecimento do menino feito pela mãe, que procurou a delegacia e contou que por volta das 10h30 deu falta do filho. A mãe disse que procurou pela vizinhança e depois reuniu amigos da comunidade para ajudar nas buscas a criança, com ajuda com Corpo de Bombeiros e de policiais civis, designados pela delegada Liliane Diogo, até o sítio na zona rural de Tangará da Serra.

De acordo com a delegada, o corpo da criança apresentava vários arranhões, possivelmente provenientes das folhas de cana de açúcar, não de mordidas de cães, conforme se pensava anteriormente.

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil vai conversar com moradores vizinhos do sítio para reunir informações do histórico da família e descobrir se a criança teria sofrido alguma agressão recente. Já que em 22 de agosto de 2011, o padrasto do menino registrou boletim de ocorrência denunciando mãe por ter arremessado o filho durante uma discussão do casal.

Na ocasião, o menino sofreu uma lesão na cabeça e foi encaminhado para uma casa transitória, em Tangará da Serra, onde permaneceu por cerca de três meses. Em audiência no dia 29 de novembro de 2011, a Justiça autorizou o retorno da criança à família.

 

 

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