O suspeito de ligação com Estado Islâmico e preso em julho deste ano, Valdir Pereira da Rocha, foi diagnosticado com morte encefálica depois de ter sido espancado, ontem, na cadeia do Capão Grande, em Várzea Grande. Ele havia sido transferido para esta unidade no dia anterior.
Valdir se entregou em julho deste ano, em Vila Bela da Santíssima Trindade, depois de ser procurado pela Polícia Federal, sob suspeita de integrar grupo que supostamente planejava ataque terrorista durante os jogos olímpicos, realizado no Rio de Janeiro. Operação Hashtag prendeu nas primeiras semanas, 15 pessoas em nove estados que foram encaminhados para o presídio de Mato Grosso do Sul, entre elas, Valdir.
De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), o detento foi transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), na quinta-feira (13), a pedido da Justiça Federal, para que permanecesse na cadeia de Várzea Grande, com uso de tornozeleira eletrônica em regime fechado.
O presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen/MT), João Batista, explicou que Valdir foi espancado por vários presos de uma cela, dentro da cadeia, ontem, no início da tarde. Ele foi encaminhado ao Pronto Socorro do município, em estado gravíssimo. No início da noite de ontem, foi diagnosticado com morte encefálica. A Sejudh informou ainda que a agressão ao preso está sob investigação.
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi informada sobre a morte encefálica, esta tarde.
Operação Hashtag – o Ministério Público Federal (MPF) denunciou oito pessoas à Justiça Federal por envolvimento com organizações terroristas. Elas foram identificadas antes da realização dos Jogos Rio 2016. Alisson Luan de Oliveira, Leonid El Kadre de Melo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, Israel Pedra Mesquita, Levi Ribeiro Fernandes de Jesus, Hortêncio Yoshitake, Luís Gustavo de Oliveira e Fernando Pinheiro Cabral foram acusados pelos crimes de promoção de organização terrorista e associação criminosa. Cinco dos denunciados também vão responder por incentivo de crianças e adolescentes à prática criminosa.
Além destes, o MPF solicitou que os suspeitos Daniel Freitas Baltazar, Hortencio Yoshitake, Vitor Barbosa Magalhães e Valdir Pereira da Rocha fossem monitorados com tornozeleiras eletrônicas.