Zaqueu Barbosa está preso preventivamente desde o dia 23 de maio na sede do Batalhão de operações Especiais (Bope), por ordem do juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá.
Ele é apontado como responsável pela inserção de números de telefones em ações de interceptação telefônica na modalidade “barriga de aluguel” visando grampear políticos, jornalistas e advogados, supostamente a mando da alta cúpula do governo. O caso só veio à tona em denúncia do promotor de Justiça e ex-secretário de Segurança, Mauro Zaque.
Essa é a segunda vez que Zaqueu tenta a liberdade em instância superior. O coronel recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, o ministro Ribeiro Dantas negou o pedido. No entanto, antes mesmo que fosse julgado pela Quinta Turma da Corte, Zaqueu recorreu ao STF. A ministra, então, novamente negou o pedido de liberdade. “Ante o exposto, nego seguimento ao presente habeas corpus”, disse.
Com a decisão, Zaqueu permanece detido no Bope. Além dele, o único que continua preso por suposta participação no esquema de grampos ilegais é o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira, acusado de supostamente fazer relatórios falsos de grampos militares que eram executados por meio da "barriga de aluguel”.
Gerson estava detido no Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam); porém, diante da denúncia de supostas regalias, o desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, determinou a transferência para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).